Política

Zé Raimundo apresenta Moção de aplauso a nova “imortal” Mãe Sttela

Deputados precisam frequentar mais a Casa Legislativa
Joana D'Arck ,  Salvador | 29/04/2013 às 23:21
Quando Zé Raimundo falou no plenário só tinha um deputado presente
Foto: BJÁ
O deputado estadual Zé Raimundo Fontes (PT) apresentou Moção de Aplauso pela eleição da Ialorixá do terreiro Ilê Axé Opó Afonjá, Stella de Azevedo dos Santos, conhecida como Mãe Stella de Oxóssi, para ocupar a cadeira de número 33 da Academia de Letras da Bahia.

“Parabenizamos a Ialorixá do terreiro Ilê Axé Opó Afonjá, Stella de Azevedo dos Santos, a primeira mãe-de-santo a tornar-se “imortal”. Como deputado e admirador dessa personalidade marcante da história e da cultura baiana, quero deixar registrado nos anais da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia este momento especial para o povo baiano”, afirmou Zé Raimundo.

 Mãe Stella de Oxóssi ocupará a cadeira de número 33, por onde já passaram o poeta e patrono da vaga, Castro Alves, Francisco Xavier Ferreira Marques, Heitor Praguer Frois e Waldemar Magalhães Mattos Preencherá a vaga deixada pelo historiador Ubiratan de Castro, falecido em janeiro deste ano. A sua eleição é um fato inédito na Academia de Letras da Bahia, que foi fundada em 1917.

Nascida no dia 2 de maio de 1925, em Salvador, Bahia, é graduada em Farmácia pela Escola Bahiana de Medicina e  autora dos livros: “Meu tempo é agora, Òsósi - O Caçador de Alegrias”, “Epé Laiyé- terra viva, a ialorixá”, "E Daí Aconteceu o Encanto", "Lineamentos da Religião dos Orixás - Memória de ternura", "Òsósi - O Caçador de Alegrias" e "Owé - Provérbios".  Mãe Stella que já recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) em 2009, também é colunista do jornal baiano A Tarde.

 Ela conseguiu o tombamento do terreiro de candomblé Ilê Axé Opô Afonjá pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 1999, e recebeu vários prêmios. Em 2001 ganhou o prêmio jornalístico Estadão na condição de fomentadora de cultura; em 2009, ao completar setenta anos de iniciação no Candomblé; é detentora da comenda Maria Quitéria (Prefeitura do Salvador), Ordem do Cavaleiro (Governo da Bahia) e da comenda do Ministério da Cultura. Em 2010, recebeu das mãos da vereadora Olívia Santana uma placa pelo centenário do terreiro Opó Afonjá ao lado do ministro da Cultura, Juca Ferreira e do secretário estadual da Cultura, Márcio Meirelles, no Plenário da Câmara de Salvador, Bahia.

“A Academia de Letras da Bahia ganha em muito, com a nova imortal, uma das personalidades mais importantes da cultura afrobaiana, sucedendo a Mãe Menininha do Gantois”, enfatizou Zé Raimundo.