Política

SECA! Deputados se queixam das poucas ações e Rui fala de muitas ações

Foram os dois lados de um debate que durou mais de cinco horas na Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Assembleia, hoje
Tasso Franco , da redação em Salvador | 24/04/2013 às 19:01
Casa cheia na Comissão com presença do secretário Rui Costa
Foto: BJÁ
   A necessidade de desburocratizar as ações preventivas e de combate a seca nos municípios e os avanços nas iniciativas do governo estadual e federal foram discutidas hoje (24), durante audiência pública, promovida pela Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa da Bahia, presidida pelo deputado estadual Leur Lomanto Jr. (PMDB). 

   Durante quase cinco horas, deputados e representantes da gestão no Estado se debruçaram sobre o que está sendo feito e o que pode minimizar o sofrimento da população, nas áreas mais atingidas pela estiagem, considerada a maior dos últimos cem anos. 

   O colegiado ouviu o coordenador Estadual para Ações de Convivência com a Seca, secretário da Casa Civil, Rui Costa (PT), que apresentou um balanço dos investimentos e foi questionado pelos parlamentares sobre o que de fato tem sido concretizado nas pequenas e médias cidades. Líderes do governo e da oposição entraram em embate.

   “O colegiado cumpriu hoje o seu papel de discutir as demandas da seca, o que pode subsidiar os organismos e entidades a gerenciarem melhor esse período de dificuldades, e minorar os prejuízos para produtores, agricultores e todos os cidadãos que têm sido impactados pelo fenômeno. Foi uma grande oportunidade para o governo destacar o que tem sido realizado, para os deputados de apresentarem suas idéias, questionamentos e propostas e para o público presente de avaliar o debate sobre o problema,”, disse Leur Lomanto Jr.

   Embora tenha sido bastante pressionado pelos deputados da bancada de oposição, que contestaram os dados apresentados, o secretário Rui Costa destacou como positiva a reunião. “Aqui é a casa do povo e da política. Foi excelente porque trouxe mais informação para o Parlamento e nos possibilita novos elementos e idéias”. Segundo ele, a Bahia tem sofrido bastante, mas o governo tem demonstrado preocupação, investindo em projetos, programas e obras, na região do semiárido, a exemplo da adutora de Juazeiro, que atenderá 38 municípios, beneficiando 1,1 milhão de pessoas. Conforme o coordenador estadual, o governo federal também deve investir cerca de R$2 bilhões na Bahia, entre obras, financiamentos e bolsa estiagem.

   O líder da oposição, deputado Elmar Nascimento (PR) contestou os dados apresentados. “Se tivessem gasto isso tudo não falávamos mais em secana Bahia. São sete anos de governo e somente agora identificaram que teria que fazer obras?”, questionou.

O líder do governo, deputado Zé Neto (PT) contrapôs ao dizer que faltaram as gestões passadas também promoverem investimentos. “Precisamos sair daqui com menos palanques e mais soluções”, afirmou.  

Além de Costa, participaram da mesa, os secretários estaduais de Agricultura, Eduardo Salles e de Meio Ambiente, Eugênio Splenger, o presidente da Embasa, Abelardo de Oliveira, o superintendente da Codevasf, Lourival Gusmão, o superintendente do Banco do Nordeste, Jorge Antonio, a diretora da Conab, Rose Pondé e o representante da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Humberto Miranda.