Discurso do deputado recebeu críticas do seu colega Targino Machado
Tasso Franco , da redação em Salvador |
09/04/2013 às 17:50
Empunhando bíblia, pastor Isidório quer plebiscito para saber se o país é gay
Foto: BJÁ
Empunhado uma bíblia sagrada e lendo trechos do Velho Testamento "a mulher não se veste com homem e o homem não de veste de mulher" (Deuteronômio); "usar o marido como se fosse fêmea pois é abominação" (Levítico), o deputado socialista pastor Isidório voltou a criticar a atitude de Daniela Mercury em anunciar união com uma mulher, e disse que o cidadão ou ciadadã Jean Willys (deputado federal pelo Rio) não tem o direito de dizer que a bíblia é uma piada.
A fala de Isidório na tribuna da Assembleia causou indignação entre colegas, risos em outros, rubor nas taquígrafas e ele ainda ganhou mais 5 minutos cedidos pelo também evangélico José de Arimatéira (PRB) para concluir seus pensamentos e dizer que, "práticas imundas e abomináveis estão tomando conta do país querendo comandar o legislativo e o judiciário".
Segundo Isidório, essa história de que "gay, gay, gay, o Brasil é gay não passa de uma aberração", defendeu o presidente da Comissão de Direitos Humanos, pastor Feliciano, na Câmara Federal, e propôs que se faça um plebiscito nacional ouvindo a população. Isidório disse que é contra qualquer ato de violência e situou que Feliciano é uma "benção de Jesus na defesa da família e da ética".
Para o socialista, o caso de Daniela é uma agressão à família e desafiou: "Quero ver ela mostrar o falo à Veja". Isidório comentou ainda que intolerância religiosa é colocar uma fita do Senhor do Bonfim na inauguração da Arena Fonte Nova e destacar os orixás de zinco do Dique do Tororó.
ÉTICA NA CASA
Deputados em off ao BJÁ disseram que Isidório estaria extrapolando da condição ética da Casa e vão levar o assunto a Mesa Diretora da Casa, pois, essa é uma discussão fundamentalista e não não honra a Casa Legislativa.
Para o deputado Targino Machado (PSC) o que o deputado Isidório está praticando é uma demagogia barata "querendo aparecer" e ter votos lá adiante. Para Targino, o qual tb usou da tribuna para criticar o colega, o pastor Feliciano pode comentar o que bem entenda, praticar seu fundamentalismo, mas, não pode é presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal.