Política

PROFISSIONAIS da medicina farão caminhada de protesto no Dia da Saúde

Caminhada será do Campo Grande à Praça da Piedade
| 03/04/2013 às 23:14

O Dia Mundial da Saúde será comemorado nesta sexta-feira, 5, a partir das 9 horas, em Salvador, com uma caminhada do Campo Grande à Praça da Piedade, culminando com com um ato público contra a precarização da saúde na Bahia.

O protesto é organizado pelos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde (Sindsaúde-BA), dos Médicos da Bahia (Sindimed), dos Técnico-Administrativos da UFBA e UFRB (Assufba) e outras entidades representativas da área, além de movimentos sociais.

A atividade antecipa as comemorações pela data oficial, 7 de abril, instituída pela organização Mundial da Saúde, em 1948, com o objetivo de alertar para os principais problemas da população nessa esfera. Este ano o tema escolhido foi hipertensão arterial.

A caminhada pretende chamar a atenção da população e do poder público sobre a necessidade do fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e das condições de assistência à comunidade. Além disso, denunciar as péssimas condições de trabalho dos servidores e repudiar a anunciada privatização dos hospitais pelo governo estadual.

Várias unidades da rede hospitalar no interior e na capital, inclusive maternidades, já foram ou estão saindo das mãos da Sesab, através de modelos como Organização Social (OS), Parceria Público Privada (PPP), Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) ou contrato de terceirização da gestão. Servidores, sobretudo do Manoel Victorino e Couto Maia, em Salvador, e Clériston Andrade, em Feira de Santana, participarão do ato como mais uma tentativa de frear a medida do governo do estado.

Para os sindicatos, privatizar a gestão dos hospitais públicos enfraquece o SUS e não assegura melhora no atendimento. Pelo contrário, tende a piorar, pois essas instituições limitam a assistência gratuita aos quantitativos fixados nos contratos. Além da sobrecarga de trabalho já enfrentada pelos profissionais, a entrega ao setor privado os servidores ainda mais vulneráveis. Essas empresas não são obrigadas a promover concursos públicos ou licitações, reduzindo o poder de fiscalização da sociedade sobre a administração do patrimônio público.