Vai ser na segunda-feira, na sede da UPB/CAB
CA , Salvador |
22/03/2013 às 10:56
A paralisação das obras da Fiol – Ferrovia de Integração Oeste-Leste, obra essencial para o escoamento de minérios e da produção agrícola do Estado, é uma preocupação constante de prefeitos, produtores, empresários e da sociedade civil do Estado. A obra, que liga Figueirópolis, no Tocantins, ao Porto Sul, em Ilhéus, na Bahia, proporcionará um novo vetor de desenvolvimento para o País.
O assunto será discutido no seminário “Fiol: a Bahia quer, o Brasil precisa”, na cidade de Barreiras, no dia 26 de abril. O evento será lançado oficialmente na próxima a segunda-feira (25/3), às 9 horas, na sede da União dos Município da Bahia, no CAB, Salvador.
O Seminário “Fiol: A Bahia quer, o Brasil precisa” é uma realização da União dos Municípios do Oeste da Bahia (UMOB), Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste da Bahia (AMURC), Prefeituras de Barreiras e Luis Eduardo Magalhães, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (CREA) e Associação dos Engenheiros e Técnicos Ferroviários da Bahia e Sergipe (AELB). Conta com apoio da UPB, ALBA, AIBA, ACELEM e FIEB. A coordenação geral é do deputado João Leão.
Para o lançamento, estarão presentes a presidenta da UPB, prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria, os deputados João Leão, Cacá Leão, o senador Walter Pinheiro, os gestores Humberto Santa Cruz (Luiz Eduardo Magalhães e presidente da União dos Municípios do Oeste), Marco Antonio Amigo (presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia), Clóvis Soares (presidente da Associação de Engenheiros do Leste Brasileiro), entre outras autoridades. O objetivo é antecipar para a imprensa e convidados os entraves que prejudicam o andamento das obras.
O seminário, segundo o presidente do Crea, Marco Amigo, visa pressionar as autoridades responsáveis pelo projeto a “destravar”, a obra que traz imensos benefícios para o Estado. O prefeito Humberto Santa Cruz, do município de Luiz Eduardo Magalhães e presidente da União dos Municípios do Oeste, disse que “o evento é fundamental para que a Bahia, as entidades e o governo sintam a importância da ferrovia para o escoamento da safra e integração geopolítica da Bahia”.
Já o deputado federal João Leão informou que a obra é importante para a Bahia e para o Brasil. “Onde ela passa vai trazer progresso e desenvolvimento, e principalmente geração de emprego. São 47 municípios que estão diretamente ligados na linha dessa ferrovia”. No total, 147 municípios serão impactados diretamente pela ferrovia, por onde será escoada também a produção de minério de ferro da Bamin, localizada em Caetité.
LIGAÇÃO - A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) dinamizará o escoamento da produção da Bahia e servirá de ligação dessa região com outros pólos do país, por intermédio de conexão com a Ferrovia Norte-Sul. Incluída entre as prioridades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Ferrovia de Integração Oeste-Leste terá 1.527 km de extensão e envolverá investimentos estimados em R$ 7,43 bilhões até 2014.
A Fiol ligará as cidades de Ilhéus, Caetité e Barreiras – no estado da Bahia – a Figueirópolis, no estado do Tocantins, formando um corredor de transporte que otimizará a operação do Porto Sul, em Ilhéus, e ainda abrirá nova alternativa de logística para portos no norte do país atendidos pela Ferrovia Norte-Sul e Estrada de Ferro Carajás.
A presidenta da UPB, prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quiteria disse não ser possível pensar o futuro sem as ferrovias, “um transporte mais barato, seguro, ambientalmente sustentável, que induz o desenvolvimento e atrai novas empresas e investimentos por onde passa e promove a descentralização desse desenvolvimento. As ferrovias também ajudam a resolver parte dos problemas das rodovias e estradas. Por isso, o futuro das ferrovias define o futuro do Brasil. O Nordeste não tem futuro se não colocar as ferrovias como prioridade”.