Tiraram o doce da boca de Uziel Bueno que queria ficar como "pai da criança".
Tasso Franco , da redação em Salvador |
04/03/2013 às 17:20
Deputado Zé Neto (PT), líder da Maioria, coordena o requerimento e foi 1º a assinar
Foto: BJÁ
Em comum acordo, os líderes dos partidos na Assembleia Legislativa da Bahia combinaram na tarde desta segunda-feira, 4, encaminhar à mesa diretora um pedido para que seja votado um Projeto de Emenda à Constituição Estadual (PEC) pondo fim ao 14º e 15º salários pagos como ajuda de custo, como aconteceu, recentemente na Câmara dos Deputados. O deputado Zé Neto (PT), líder da Maioria (governo) coordena o encaminhamento do documento e foi o primeiro a assinar.
Houve uma pequena polêmica em relação a quem seria o "Pai da Criança" do PEC uma vez que, na inicial, assim que o projeto da Câmara Fderal foi votado em Brasília, o deputado Uziel Bueno (PTN) propôs que o mesmo acontecesse na ALBA, seguido pelos deputados Carlos Geilson (PTN) e Luiza Maia (PT). Uziel chegou a elaborar o requerimento à Mesa e conseguiu 16 assinaturas, mas, os líderes dos partidos entenderam que este é um Projeto da Casa e não caberia uma ação isolada. Daí que o requerimento de Uziel, que necessita de 21 assinaturas, só conseguiu 16.
O deputado diz que ficou decepcionado: "É triste verificar que não existe a menor preocupação de alguns parlamentares baianos com o dinheiro do povo", comentou. Para o deputado Adolfo Menezes é preciso acabar com essa "demagogia" de criticar deputados por seus ganhos.
"Os milionários de Brasília tomaram lá uma medida e nós temos que seguir os nossos caminhos, pois, são realidades diferenciadas". Menezes destacou que deputado anda bastante pelo interior, em suas bases, e isso precisa ser reconhecido.
PAI DA CRIANÇA
O deputado Zé Neto (PT) também não gostou das críticas de Uziel que o criticou por considerar o fim do 14º e 15º como "simpático e razoável, o que é tripudiar com o povo".
Para o petista, Uziel não conhece como funciona a Casa Legislativa, ele sempre se pocionou favorável ao fim do 14º e 15º salários, mas, "tem ouvido para ouvir e lidera um processo democrático", daí que consultou seus pares, as outras lideranças, e chegou-se a um consenso de que se trata de um projeto "de todos os parlamentares".
Ou seja, tiraram o doce da boca de Uziel. O líder da Minoria (Oposição), Elmar Nascimento, PR, disse que concorda que o trabalho seja coletivizado e aproveitou a oportunidade para cobrar da Casa o funcionamento das Comissões temáticas, um acompanhamento da Privatização dos Cartórios, mais trabalho na Comissão de Finanças que só se reuniu 3 vezes no ano passado, e respeito do Executivo com o Legislativo que só quer votar projetos em regime de urgência, sem debates.