Um inesperado protesto agitou o final da sessão desta terça-feira, 26, na Câmara de Salvador. A reunião caminhava para o final, quando, em meio à fala do vereador Edivaldo Brito (PTB), Kiki Bispo (PTN) pediu verificação de quórum. Constatada a inexistência do número mínimo de edis para continuar, os trabalhos foram encerrados.
Foi o bastante para um protesto quase colérico do petebista, reclamando da dificuldade em expor suas opiniões e levar ao plenário assuntos que ele julga importantes para o Legislativo e para a cidade. Muito irritado, o ex-prefeito lembrou sua campanha eleitoral, quando visitou as 25 faculdades da capital baiana, palestrando para mais de dois mil estudantes, de onde acredita terem vindo boa parte de seus votos: "Se não posso falar aqui eu vou para a rua".
Diante de mal estar causado, vários edis tentaram acalmar as coisas, especialmente o líder governista Joceval Rodrigues (PPS), lembrando a Brito que uma nova prioridade de discursos poderia ser proposta por ele mesmo, durante a reforma do Regimento Interno da CMS, cujo processo está sob o comando do jurista.
Kiki Bispo pediu desculpas pela saia justa e garantiu não ter tido intenção de interromper a exposição do petebista. Em verdade, a sessão carecia de quórum há mais de 60 minutos e aproximando-se das 18 horas os vereadores começaram a pressionar a Mesa para encerrar as atividades do dia.