A eleição do vereador Euvaldo Jorge (PP) para a presidência da Comissão de Transporte, Trânsito e Serviços Municipais pode gerar crise política de difícil solução para a Câmara de Salvador. A bancada de oposição continua reunida na noite desta quarta-feira, 20, discutindo a estratégia a ser adotada para pressionar a Mesa Diretora a rever o que os oposicionistas classificam como quebra de acordo.
Segundo Gilmar Santiago (PT), líder do bloco, o também petista Henrique Carballal não trabalhou sua candidatura para o colegiado de Transporte confiante no compromisso firmado quando na eleição de Paulo Câmara (PSDB) – no caso, entregar o comando desse e de outros grupos à oposição. Na opinião de Gilmar, o tucano e o líder da situação, Joceval Rodrigues (PPS), tinham a res0onsabilidade de zelar pelo cumprimento do pacto.
“Não aceitamos a justificativa de que a comissão tinha autonomia para escolher seu presidente; fica ainda mais grave quando sabemos que houve ingerência externa”. Para ele, o processo foi influenciada pelo setor de transporte coletivo da cidade.
O líder oposicionista defende uma saída política e não técnica para a crise, pois enquanto o impasse não se resolve as matérias ficam sem poder ser votadas em plenário: “O governo devia se preocupar com a isso”.
Antes do encontro da oposição já estava pronto o documento com a renúncia de cinco membros da Mesa: Arnando Lessa (PT), Aladilce Souza (PCdoB), Fabíola Mansur (PSB), Carlos Muniz (PTN) e Cátia Rodrigues (PMN), respectivamente 1° secretário, ouvidora, 3ª vice-presidente, 1° vice e 3ª secretária, já com as assinaturas dos dois últimos.
No outro lado, Joceval procura contemporizar. Ele advoga a negociação e pede aos colegas que deixem de lado a ideia da renúncia aos cargos: “Minha opção é pela harmonia na Casa; sou pelo diálogo”.