Política

FESTA na UPB mostra que crise municipal passa ao largo dos prefeitos

Rio está com excelente taxa de ocupação para os hotéis no Carnaval. E Salvador também espera tirar o pé da lama e encher os hotéis
Tasso Franco , da redação em Salvador | 23/01/2013 às 22:08
Bandas, faixas, cartazes e clima de prosperidade nos municípios
Foto: BJÁ
  MIUDINHAS GLOBAIS:
  
     1. Crise nos municípios! Que crise! A eleição pela disputa da UPB deu uma dimensão dessa possível "crise". Muita festa, bandas, fanfarras, carrões, folhetaria imensa, cartazes e um clima de prosperidade como poucas vezes se viu. À moda dos prefeitos agora é usar carros asiáticos, de preferência Hylux, Hunday e assim por diante. 
   
    2. Eram tantos os carros que os canteiros de grama do CAB ficaram lotados de caminhonetes cabines duplas. Pelo exposto, portanto, ainda que o TCM reprove a maioria das contas dos prefeitos, a crise passa ao largo nos municípios baianos.
   
    3. A alegria da prefeita Maria Quitéria, de Cardeal da Silva, era tanta na UPB que a autoridade parecia até que estava num baile carnavalesco tantos pulos dava no auditório da UPB.
 
    4. Os partidários de Wilson Cardoso cantavam o refrão para Quitéria: Era, Era, Era, Quitéria Já Era; e os partidários de Quitéria cantavam o refrão para Wilson: Eu, Eu, Eu, Wilson Já perdeu.
   
   5. Quando o prefeito de Camaçari chegou para votar em Quitéria o coro pró prefeita de Cardeal entoou: Prefeito Ademar chegou...prefeito Ademar chegou...ôôô.
  
   6. A REVITA, responsável pela coleta de parte do lixo na capital, só se preocupa em fazer propaganda que evita acidentes com os seus servidores no ato da coleta, sendo incapaz de orientar a população para  separação  do lixo sólido reciclável do úmido degradável,  o que reduziria o volume coletado com destino ao aterro sanitário e evitaria o manuseio dos sacos colocados na rua pelos catadores, o que provoca grande sujeira.

   7. Os associados do SASDERBA, entidade que congrega aposentados e funcionários ativos do DERBA, querem saber onde será aplicado o montante oriundo da venda do terreno valioso da entidade na avenida Magalhães Neto, que se encontra totalmente cercado com inscrição da RCA construções nos tapumes.     

   8. E continua a ação arrecadadora da Procuradoria Fiscal do Estado em cima dos ex e atuais  proprietários de veículos, no sentido de cobrar o IPVA de mais de dez anos atrás, numa total desorganização, apesar de ter sido instalada na  sede nova da Procuradoria Geral do Estado – PGE.

   10. Quando se pergunta pela lei, proposta pelo Governador e aprovada pela ALBA no ano passado, que isenta os pagamentos do IPVA até R$ 500, os atendentes dizem que ainda não chegou por lá.

  11. Afinal, a lei é para beneficiar os pequenos devedores ou só para efeito de marketing a favor do Governo?  

  12. Uma semana do desastre ecológico no Rio Sapato, em Vilas do Atlântico, e até agora a Prefeitura não retirou a maioria dos peixes mortos do seu leito. Uma vergonha. 
E olhe que Marcelo Abreu, uma das eminências do governo de Lauro, mora em frente ao rio.

   13. A Bolívia indenizará a construtora baiana OAS pelo cancelamento de um contrato de US$ 415 milhões para construir uma rodovia paralisada por protesto indígenas, que contou com financiamento do  Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sendo que a indenização, cujo valor não foi revelado, encerra uma disputa de um ano e meio que representou um revés para o agressivo avanço das construtoras brasileiras na América Latina.
 
   14. O BNDES financiaria 80 % da rodovia de cerca de 300 quilômetros, parte dos esforços do Brasil para abrir uma saída ao Pacífico para suas exportações à China, sendo que , no ano  passado,  a OAS pediu US$ 197 milhões  como indenização pelas obras já realizadas.
 
   15. Tampouco ficou claro se o acordo alcançado  inclui o pagamento de compensações da OAS ao governo da Bolívia, que adiantou 20 % do financiamento para cobrir gastos como a compra de materiais, sendo que,  cópia do contrato disponível no site da estatal Administración Boliviana de Carreteras, a OAS depositou garantias de US$ 29 milhões que poderiam ser executadas no caso de um não cumprimento de contrato.
 
  16. O governo brasileiro interveio nos bastidores para destravar as obras, mas em abril de 2012 a Bolívia cancelou o projeto da OAS, alegando não cumprimento de contrato, sendo que a disputa expôs a tensão frente à expansão das construtoras brasileiras na América Latina que, financiadas por crédito do BNDES, venceram licitações para construir estradas, pontes, linhas de metrô e gasodutos da América Central à Patagônia.

   17. Mesmo com a queda de cerca de 25% no preço do minério de ferro em 2012, que diminuiu suas receitas com as vendas externas, a Vale continuou na liderança do ranking das 250 maiores empresas exportadoras do País, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, tendo exportado  US$ 25,57 bilhões no ano passado, com queda de 26,2% frente ao valor de 2011 - quando as vendas externas da empresa somaram US$ 34,65 bilhões, sendo que sua   participação  no total das exportações recuou de 13,5% em 2011 para 10,5% no ano passado.

   18. A Petrobras, por sua vez, permaneceu no segundo lugar do ranking de maiores empresas exportadoras em 2012, com vendas externas de US$ 22,1 bilhões, o equivalente a 9,11% do valor total exportado, sendo que,  em 2011, a empresa exportou US$ 22,9 bilhões, ou 8,95% do total das 250 maiores empresas que vendem ao exterior.

   19. No ano passado, a Bunge Alimentos ocupou a terceira posição, com exportações de US$ 6,32 bilhões, seguida pela Embraer, com vendas externas de US$ 4,95 bilhões, e pela Cargill Agrícola, com exportações de US$ 4,15 bilhões.

  20. A brasileira Gabriela Burian é a nova diretora global da recém-criada área de ecossistemas agrícolas sustentáveis da Monsanto, já tendo  carreira de 20 anos na empresa, a engenheira agrícola foi responsável pela gerência de sustentabilidade da Monsanto no Brasil desde a criação da área, em 2007,   passando  a atuar nos Estados Unidos.

   21. As vendas contratadas da Cyrela Brazil Realty atingiram o ponto mínimo da meta da companhia para 2012, ao alcançarem somente  R$ 6 bilhões, valor 7,6 % menor do que o resultado de 2011, já que, em outubro, a construtora e incorporadora  adiou  os lançamentos previstos em 2012 e  fez  revisão de sua meta de vendas do fechado do ano para entre R$ 6 bilhões e 7 bilhões, embora  a estimativa anterior era de que as vendas contratadas ficassem entre R$  6,9 bilhões e 8 bilhões.

   22. No trimestre, as vendas foram de R$ 1,7 bilhão de reais, 29,1 % menor na comparação anual, tendo  o indicador de Vendas sobre Oferta (VSO) de 12 meses ficado em 50  % e de 21 %  para o trimestre, enquanto os  lançamentos foram de R$ 2,1 bilhão  no quarto trimestre, recuo de 36,4 % ante os R$ 3,3 bilhões  lançados um ano antes.
  
   23. O empresário  Eike Batista, controlador do grupo EBX, engrena uma jogada para virar o jogo adverso, buscando fechar o capital da CCX, pelo que  manifestou intenção de adquirir até 100% das ações da empresa de carvão no mercado em Oferta Pública de Aquisição (OPA) de ações.

   24. As ações da empresa subiram quase 45% na Bovespa, que fechou perto da estabilidade, sendo   cotadas a R$ 3,13, tendo  operadores e analistas   não sabendo apontar o motivo para a forte movimentação do papel, que acumulou valorização de 64,7% em três pregões.

    25. O preço máximo será de R$ 4,31 por papel, a ser pago mediante permuta de ações detidas por Eike nas companhias de capital aberto da EBX, que são a empresa de serviços navais OSX, a de mineração MMX, a de logística LLX, a de energia MPX e a de petróleo OGX.

   26. Caso seja bem sucedida a jogada, a oferta do controlador levará ao cancelamento de companhia aberta da CCX, menos de um ano após sua criação e estreia na Bovespa, sendo que a companhia é a responsável por um projeto de carvão na Colômbia, que viria abastecer as termoelétricas brasileiras, num momento de pouca oferta de energia por fontes tradicionais e menos impactantes no meio ambiente do que o carvão de origem mineral.

   27. A taxa de ocupação dos hotéis da cidade do Rio de Janeiro para o Carnaval está em 80,06%, segundo a primeira prévia divulgada hoje pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro - Abih-RJ.

   28. De acordo com a pesquisa, o bairro que até agora apresenta o maior nível de ocupação é o Leblon, com 84,41%,  seguido, de Botafogo e Flamengo (82,33%), e Leme e Copacabana (81,38%), tendo  o levantamento  apontado que, no Centro, a ocupação está em 80%, enquanto na Barra da Tijuca e em São Conrado, em 72,2%.
Para deixar os hoteleiros da Bahia com água na boca, na primeira prévia do Carnaval de 2012, divulgada em janeiro daquele ano, a ocupação estava em 80,95%, sendo que, ao final  do Carnaval passado, a média de ocupação ficou em 95%.

   29. Salvador também espera uma ocupação plena neste Carnaval embora a cidade esteja perdendo espaço carnavalesco para o Rio e Recife.