Política

LÍDERES não chegam a acordo e sessão pode ser tensa na CMS

Contas de JH, Lous, PDDU, reforma de ACM Neto e novo Aeroclube são as polêmicas que aguardam os vereadores
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 11/12/2012 às 21:26
Apesar de concorrida, a reunião não produziu qualquer acordo
Foto: LB

Sem acordo para votar as matérias pendentes através de consenso, os vereadores de Salvador enfrentarão a sessão desta quarta-feira, 12, na incerteza do que acontecerá. Durante a reunião do Colégio de Líderes desta terça-feira, 11, à tarde, o impasse não foi superado.

Enquanto a oposição batia pé firme pelo começo das votações com as contas 2009 e 2010 de João Henrique, indo depois para a reforma administrativa proposta pelo novo prefeito e as mudanças na Lei de Ordenamento e Uso do Solo (Lous), os governistas não cediam em iniciar a pauta pelas alterações no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU da Copa), seguindo com Lous, Aeroclube, contas e Lei Orçamentária Anual (LOA).

A sessão pode ter ainda o complicador de sempre. Alcindo da Anunciação (PT) saiu antes do término da reunião, avisando que não permitirá a inclusão na pauta de projetos de títulos de cidadão, utilidade pública e coisas do tipo. Caso isso aconteça recorrerá às obstruções. Em sua opinião, assuntos como a reestruturação criada por ACM Neto precisam ser discutidos com mais profundidade.

Conciliação

Fiel a seu estilo conciliador, o presidente Pedro Godinho (PMDB) revelou uma ponta de confiança na evolução do pensamento de seus colegas antes da sessão, acontecendo o “milagre” da multiplicação das votações: “Às vezes a coisa amadurece; vamos esperar, pois até amanhã pode ser que votemos até projetos dos vereadores”.

O pemedebista, porém, não quis alimentar polêmica sobre a nota divulgada no último fim de samana por vereadores e dirigentes partidários a respeito da eleição da nova mesa diretora da CMS. Disse apenas esperar que o próximo grupo tenha “tanta independência, autonomia e transparência quanto nós tivemos, e tenho certeza que terá”.

A postura dos demais integrantes da mesa divide-se entre acompanhar o temperamento de Godinho e buscar retratação para o tom considerado ofensivo da nota. De acordo com Isnard Araújo (PR), alguns edis cogitam interpelar judicialmente os jornalistas que denunciam a existência de recebimento de propina na Câmara para ver se eles são capazes de nominar quem a recebem.

PTN na Presidência

Alan Castro (PTN) reuniu a imprensa, após o encontro das lideranças, para reafirmar sua candidatura a presidente do Legislativo. Ele apresentou como apoiadores de seu projeto Pastor Luciano (PMN) e David Rios (PSD), com mais duas adesões: Leandro Guerrilha (PSL) e Catia Rodrigues (PMN). Até sexta-feira, 14, promete anunciar novos apoios.

Caso seu nome não se viabilize, adiantou, ele e seu grupo passarão a trabalhar por Geraldo Jr., também do PTN. A terceira opção seria Carlos Muniz. Todos, no entanto, afirmaram a possibilidade de se jutarem em torno da postulação de Alan, como parte da estratégia da sigla para chegar à direção da CMS no início da próxima legislatura.