Muitas críticas a postura de passividade de Wagner na defesa dos interesses da Bahia
Tasso Franco , da redação em Salvador |
03/12/2012 às 18:18
Paulo Azi, líder da oposição, "Wagner não defender os interesses do Estado"
Foto: BJÁ
A palavra mais amena utilizada pela oposição na Assembleia Legislativa sobre o comportamento do governador Wagner diante do veto da presidente Dilma Rousseff à distribuição mais espacial dos royalties do petróleo, foi "omissão". Os deputados carregaram nas tintas e, o que é mais sintomático, nenhum parlamentar da base governista subiu na tribuna da casa para defender o governador. A sessão caiu com Wagner "apanhando". Impressionante.
Para o líder da oposição, deputado Paulo Azi (DEM) foi lamentável que a presidente tenha cedido às pressões e ao lobby feitos pelo governador do Rio de Janeiro e à sociedade civil daquele estado, de forma legítima, sem que houvesse um protesto mais ardoroso contra essa atitude carioca, salvo dos governadores de Pernambuco e do Ceará.
"Na Bahia, o que vimos foi a passividade do governador, a omissão, quase um completo silêncio de um executivo que não defende os interesses do nosso estado, que se cala, que silencia", frisou.
No entendimento do vice-presidente da Assembleia, deputado Leur Lomanto Jr (PMDB), o que "esperávamos do governador da Bahia era uma posição de firmeza em defesa do estado, assim como Cabral defendeu o Rio, mas, infelizmente, mais uma vez o governador se omitiu".
A deputada Kelly Magalhães, do PCdoB e da base governista, até admitiu que a presidente Dilma tomou a posição que considerou a mais sensata e vai editar uma MP para contratos futuros reservados 100% a educação, mas, criticou que SP e Rio "com apoio da rede Globo tenham recebido o que é de direito, não sendo justo que tamanha riqueza nacional seja distribuida aos maiores", prejudicando todos outros estados.
O deputado Tom Araújo (DEM) também comentou a posição do governador da Bahia, de omissão, e lamentou que o governo federal tenha sido insensível com os estados mais pobres e que passam imensas dificuldades, caso da Bahia, com uma seca inclemente que castiga os municípios.
Já o deputado Luciano Simões (PMDB) disse na tribuna que não se surpreende mais com a postura do governador, toda a bancada do PT da Bahia votou contra a distribuição dos royalties, e essa orientação teria sido passada pelo governador. "Tudo bem que ele seja carioca, mas, foi eleito pelos baianos e tem a obrigação de defender a Bahia".