Para Luiza Maia, é um absurdo que o lixo tóxico produzido em São Paulo, que possui o maior parque industrial do país, precise ser incinerado justamente “aqui”
Tasso Franco , da redação em Salvador |
21/11/2012 às 18:40
Dep Luiza Maia está brava com essa decisão de transformar Camaçari em lixão paulista
Foto: BJÁ
A informação de que mais de 600 toneladas de lixo tóxico produzido em São Paulo podem ser incinerados em Camaçari fez com que a deputada estadual Luiza Maia (PT) se movimentasse nesta quarta-feira (21/11) para impedir o que, na opinião dela, seria uma grave agressão ao meio ambiente e aos baianos. A petista conversou com o superintendente do Ibama na Bahia, Célio Costa Pinto, a diretora geral do Inema, Márcia Teles, e o promotor de Justiça de Camaçari, Luciano Pita, sobre o assunto.
O objetivo da parlamentar é impedir que o material, comprovadamente cancerígeno, seja trazido para o estado. Para tanto, ela pretende atuar em duas frentes. O primeiro passo é ir à Justiça. O segundo consiste em organizar, junto aos movimentos ambientalistas e a sociedade civil organizada, um movimento popular para impedir o “descarte” em solo camaçariense.
Resultante do processo de produção de uma antiga estatal francesa [hoje pertencente ao Grupo Souvay], os resíduos, conforme estudos realizados por especialistas, podem contaminar através da fumaça decorrente do processo de incineração.
Para Luiza Maia, é um absurdo que o lixo tóxico produzido em São Paulo, que possui o maior parque industrial do país, precise ser incinerado justamente “aqui”. “Não vamos aceitar isso de jeito nenhum”, concluiu.