Segundo Azi, os dados do sec de Segurança não batem com dados do TCE
Tasso Franco , da redação em Salvador |
09/11/2012 às 09:44
O Governo do Estado não aumentou em 30% os gastos com Segurança Pública, entre 2010 e 2011, como tem repetidamente informado à imprensa o secretário Maurício Barbosa. De acordo com dados publicados no relatório final do Tribunal de Contas do Estado, o acréscimo foi de apenas 12%.
Em 2010, foram gastos R$ 2.274.633.590,09. No ano seguinte, foram acrescidos R$ 280 milhões. Para que o aumento fosse de 30%, teria que haver incremento de cerca de R$ 682 milhões, o que não ocorreu. “Em 2011, o Governo do Estado manteve a média de gastos em Segurança Pública dos últimos anos, o que demonstra a falta de prioridade e justifica o fato de a Bahia ser campeã em assassinatos", declarou,ontem,o líder da Oposição Paulo Azi, da tribuna da Assembleia Legislativa.
“É mais uma tentativa de justificar o injustificável: a falência do aparelho estatal de Segurança Pública”, disparou. Para ele, a situação requer que o Governo do Estado solicite a Força Nacional de Segurança à Bahia. No ano passado, foram registrados 4.380 assassinatos aqui, superando os 4.194 registros do Estado de São Paulo.
Paulo Azi também criticou a ausência de divulgação, pela SSP, dos índices de crimes ocorridos no interior da Bahia. A omissão dos dados parece esconder a tendência de crescimento da violência. Um sinal disso é que, de janeiro a setembro de 2012, foi registrado aumento desses índices em Salvador e Região Metropolitana - 1.774 assassinatos. "Número maior que o de mortes contabilizadas na capital paulista e Grande São Paulo, quarta maior metrópole do mundo, onde ocorreram 1.716 homicídios", declarou.
O deputado Paulo Azi também lamentou a morte do delegado Eduardo Rafael, vítima de assalto no bairro do Barbalho, em Salvador. “Só este ano, já foram 49 policiais assassinados no Estado. Quando isso vai parar?", questionou.