Política

PT diz que participação sindicalista no programa Pelegrino é natural

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Tasso Franco , da redação em Salvador | 18/10/2012 às 10:14

"A greve e a luta social é a alma da nossa existência. E com elas sempre soubemos dialogar no governo e na oposição", Jonas Paulo.


Procurado pela imprensa baiana para esclarecer a suposta polêmica veiculada em jornais locais desta quarta-feira (17), em que a participação de sindicalistas na propaganda eleitoral de TV do candidato petista Nelson Pelegrino, classificada pela oposição como "cínica", o presidente Jonas Paulo reagiu. 

"Estranho seria se sindicalistas, reconhecidamente defensores dos direitos dos trabalhadores, estivessem no programa do DEM. Aí sim, seria algo esdrúxulo. Pois, pelo que eu me recorde, e boa parte da população também deve se recordar, o DEM sempre tratou as justas revindicações dos trabalhadores, - inclusive dos professores e demissões sumárias-, como caso de policia, com cassetete, bomba de gás e prisão arbitrária. Entretanto, nós nunca viramos as costas para o movimento e nem para as greves. Até porque, dela nascemos e sabemos dialogar naturalmente", esclareceu.


O presidente ainda pontuou a questão da duração das greves em Salvador, utilizada pela oposição como tática eleitoreira. "Se houveram greves que duraram meses ou dias, é porque respeitamos os direitos e buscamos os canais para o diálogo sempre. A greve e a luta social é a alma da nossa existência e com elas sempre soubemos dialogar no governo e na oposição", explicou.


Jonas, parafraseando os Titãs, esclareceu aos jornalistas que para o Partido dos Trabalhadores a polícia "é para quem precisa de policia" SIC, e não para os trabalhadores e alfinetou: "Agora, o candidato à prefeitura pelo DEM do - Partido da Casa Grande e nunca da senzala, vale ressaltar- acredito que nunca tenha ido a porta de uma fábrica e, certamente, não tem idéia de como é participar de uma paralisação ou uma Assembléia de categoria. Definitivamente, ele não deve nem saber o que é isso", ironizou.


Na ocasião, o presidente ainda reforçou o seu discurso durante o programa da TV BAND- ELEIÇÕES 2012, veiculado na última segunda-feira (15/10), que o governo do DEM representou em Salvador "um governo que provocou o maior apartheid social já existente enquanto esteve no poder em Salvador, que sempre relegou a periferia e subúrbio ao abandono e dividiram a cidade, não possui credencias para falar de greve", finalizou.