O candidato a prefeito da coligação "É hora de defender Salvador", ACM Neto, fez caminhada hoje (18) na Baixada do Nordeste de Amaralina ao lado da vice Célia Sacramento (PV), deputados e políticos que disputaram o primeiro turno das eleições. Ele anunciou ações voltadas para a prevenção e repressão à violência, como a implantação de dez Centros de Atenção Psicossocial especizalizados no atendimento de usuários de drogas, programa de reforma e construção de praças e contratação de mais dois mil homens para a Guarda Municipal. E, em coro com aliados, fez críticas ao PT.
"No PT é assim, só presta quando é aliado. Quando não é, eles partem para as agressões mais baixas e levianas. É o partido de duas caras", afirmou ACM Neto, em conversa com a imprensa após a caminhada. Neto lembrou que o candidato petista cortejava o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB), o PTN e, no segundo turno, o PMDB, que "agora sofrem com a política rasteira de ataques na TV porque decidiram me apoiar". "Não tem nada não. A população reconhece o desespero deles e sabe que o meu adversário passou seis anos no governo do estado e o que fez por Salvador foi permitir o aumento assustador da violência e da criminalidade", disse o democrata.
Neto disse que "o PT não vai conseguir chantagear Salvador". "Nossa vitória no primeiro turno mostrou que a esperança venceu o medo. Eles criaram uma verdadeira central para espalhar boatos, mas novamente os soteropolitanos vão dar um grito de liberdade nas urnas, votando naquele candidato que acham que é o mais preparado para governar a cidade".
Presidente do Democratas de Salvador, Heraldo Rocha reforçou as críticas de ACM Neto. "O PT tem disso. Quem não está com eles, vira inimigo número um. É o tipo de política doentia de quem está acostumado a costurar apoios oferecendo cargos e vantagens, aparelhando a máquina pública. Nós não fizemos alianças assim. Nós não comprometemos o futuro de Salvador apenas para engordar apoios", afirmou.
Por conta das mentiras na propaganda petista, Antonio Imbassahy anunciou que vai processar o candidato do PT. O tucano explicou que se sentiu ofendido na honra pela propaganda enganosa do PT, que atribuiu ao tucano responsabilidade por suposta má aplicação de recursos nas obras do metrô. A propaganda petista veiculada no rádio e na TV acusa também Imbassahy de ter encurtado o traçado do metrô de doze para seis quilômetros, quando é de conhecimento público que a redução do trajeto foi uma imposição do governo federal, do PT, à época sob o comando do ex-presidente Lula, já na administração do prefeito João Henrique.
O líder do presidente na Câmara, na época, era o próprio candidato do PT, que nada fez para impedir a redução do traçado do metrô. "Como responsável pela propaganda política, já que ele é o candidato, o deputado Nelson Pelegrino terá que provar tais acusações mentirosas. Fato é que ele está desesperado diante da possibilidade de uma quarta derrota nas urnas, em 28 de outubro, para o candidato que eu apoio, ACM Neto. Por isso ele recorre a leviandades como essas para me atingir", disse Imbassahy, ao afirmar que confia na isenção da Justiça brasileira, que condena os mensaleiros do PT.