Os programas de abertura do segundo turno dos candidatos a prefeito de Salvador não trouxeram surpresas nem novidades. Pelegrino seguiu a tecla de se alinhar a Lula/Dilma/Wagner e ACM Neto mostrou que o PT só ganhou em Goiânia, daí que há uma tendência de se caminhar com as próprias pernas no Brasil.

   Achei o programa de ACM Neto mais propositivo, mais alto astral do que o de Pelegrino, o candidato do DEM beneficiado que foi com a vitória no primeiro turno soube explorar esse viés com bastante entusiasmo e deu ser recado agora com tempo na tv igual ao do PT mostrando as suas propostas.

   Ambos fizeram homenagens ao dia do professor, Pelegrino destacando o "professor guerreiro" e os benefícios auferidos pelo governo Wagner à categoria, e Neto alfinetando o governo com a greve dos 112 dias e a conduta de descrédito do governo junto à categoria, a professora inclusive citando a frase que marcou a greve "Wagner pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão".

   Curioso é que os dois deixaram os professores fora dos seus programas.

   Pelegrino colou ACM Neto em Geddel e João Henrique iniciando, assim, a fase de ataques ao candidato assim como na geração da nova classe média por Lula, os 30 milhões de brasileiros, e Neto trilhou por fazer um programa que se chama no "marketing" de pra cima, dando uma estocada em Wagner e o PT que estão há 6 anos no governo e não mudaram nada.

   Pelegrino ainda colocou MK e Márcio Marinho como novos aliados e Neto deixou o PMDB para apresentar em nova oportunidade, na rua. A tecla de Pelegrino continua sendo o de fazer um governo de mudança.

   O candidato petista referendou-se com a fala antiga de Dilma, não usou Wagner, e Neto com Agripinio e o senador Dias, do PR.

   Pelo menos neste primeiro programa nada que entusiasme o eleitor ou que mude de rumo a quem já votou. (TF)