Apesar de comemorar a decisão, o candidato a prefeito da coligação "É hora de defender Salvador", ACM Neto, classificou como eleitoreiro o recuo do governador Jaques Wagner sobre o horário de verão na Bahia. Neto lembrou que o governador já havia tomado posição a favor do atraso nos relógios, mas "armou um teatro", com a presença de sindicalistas, para recuar com medo de prejudicar a candidatura do PT em Salvador.

"Comemoro porque sou contra, porque prejudica o trabalhador, principalmente aquele que corre riscos tendo que levantar muito mais cedo, ainda à noite, para cumprir sua jornada. Mas não posso deixar de considerar eleitoreira a medida, já que até outro dia o governador era a favor e dizia que ia implantar o horário de verão na Bahia. Agora, por conta das eleições, muda de posição. Não duvido que depois do pleito ele recue novamente", afirmou Neto.

O democrata lembrou que o horário de verão foi extinto na Bahia no governo Paulo Souto, depois que uma pesquisa mostrou que a maioria da população era contra. "Quem retomou o horário de verão foi o governador Jaques Wagner, contrariando a vontade da maioria da população". 

Vice 

 Candidata a vice-prefeita na chapa de ACM Neto, a professora Célia Sacramento (PV) também criticou a postura do PT em relação ao horário de verão. "O PT só defende a Bahia em época de eleição. Foi o governador Jaques Wagner quem retomou o horário de verão na Bahia. Agora, numa jogada oportunista e eleitoreira, para tentar enganar a população visando a disputa eleitoral, muda de posição", afirmou. 

Célia disse que, como trabalhadora, sempre foi contra o horário de verão. Ela lembrou que a antecipação no relógio teve fim na gestão de Paulo Souto, depois de uma pesquisa que mostrou que a maioria da população baiana e de Salvador é contra a medida, o que ocasionou protestos quando o atual governo adotou postura diferente.

"Quando o PT retomou o horário de verão, ele sabia que a população era contra. Aliás, não lembro do candidato do governo, quando era deputado e secretário da Justiça e Direitos Humanos, ter levantado a voz contra o horário de verão".