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Célia Sacramento, Vado e ACM Neto em evento na Massaranduba
Foto: BJA
Considerado por muitos a grande surpresa das eleições para a Câmara de Salvador, Edvaldo Ribeiro da Silva, mais conhecido como Vado Malassombrado, rejeita o rótulo de “zebra” das urnas. “Em 2008, quando disputei a primeira eleição, recebi 4.857 votos, mais do que o que tive agora (4.059). E a minha militância estava mais aguerrida nessa eleição. De modo que, para mim, sem falsa modéstia, o resultado não foi surpresa”, afirma.
Com 42 anos, Vado foi o terceiro mais votado pelo Democratas, partido que estava sem representação na Câmara. Os outros dois eleitos foram Léo Prates e Cláudio Tinoco. Vado ganhou o estranho apelido depois que construiu um carrinho que usava para fazer brincadeiras em ocasiões festivas em Massaranduba, na Cidade Baixa, onde mora. “Diziam que eu e meus amigos que empurravam o carrinho eram assombração. É porque alguns desses amigos viviam bebendo”.
Esse carrinho se transformou num pequeno trio elétrico que Vado utiliza para ganhar a vida divulgando anúncios publicitários na Cidade Baixa. Além disso, o veículo é destaque em campanhas sociais idealizadas pelo futuro vereador, a exemplo do Natal sem Fome, que é voltado sobretudo para as pessoas que ainda vivem em palafitas. “Agora como vereador, vou poder reforçar e ampliar esse trabalho social. Esse é meu objetivo”, afirma.
Na frente do trio elétrico de Vado, duas criaturas assustadoras. Um deles é o boneco assassino Chuck, astro de filmes trash de terror. Entretanto, nem isso afastou a dura concorrência que Vado enfrentou para vencer as eleições. “Teve candidato que chegou aqui despejando asfalto, usando mesmo a máquina pública. Mas eu venci. Graças a Deus e ao povo".