Os vereadores Paulo Magalhães Jr. (PSC) e Geraldo Jr. (PTN) envolveram-se num bate-boca na sessão desta quarta-feira, 13, na Câmara de Salvador, culminando com o envio de nota à imprensa pelo socialista cristão, acusando o trabalhista de usar “métodos reprováveis para conseguir privilégios na prefeitura, em detrimento dos demais vereadores da base do governo”.
O motivo da discórdia foi uma obra de ampliação no centro médico do Hospital Português, impedida de prosseguir por um parecer contrário da Procuradoria Geral do Município (PGM) por contrariar a Lei de Ordenamento e Uso do Solo (Lous). Segundo Paulo, Geraldo estaria próximo de liberar o projeto junto à Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom).
De acordo com Magalhães Jr., 1º vice-presidente da CMS, a insatisfação é de toda a bancada governista: “O vereador Geraldo está atuando como o chefe da Casa Civil, atropelando inclusive a autoridade do líder Téo Senna. É inadmissível que uns tenham tudo e outros nada. Não estamos acostumados à bajulação, ao leva e traz”.
Isso porque vários já haviam tentado, sem sucesso, reverter a posição da PGM. Em resposta, o acusado atribuiu a denúncia do colega ao desespero com a proximidade das eleições. Irônico, pontuou: “Ciúme de homem é pior que ciúme de mulher”.
Aí, o clima esquentou de vez, pois o socialista resolveu também bater abaixo da cintura: “Não vou dar importância a um neófito, que teve uma votação ridícula, virou suplente e agora, de uma hora para a outra, quer engrossar o pescoço. Deixe de puxar o saco e vá trabalhar”.