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Professores querem mesa de negociações com o governo
Foto: APLB
Os professores estaduais decidiram nesta terça-feira (12) manter a greve que já dura 63 dias. A categoria pede que o governo abra o diálogo. "Sentar para negociar é o caminho para o desfecho da greve", disse Marilene Betros, vice-coordenadora da APLB, sindicato da categoria.
De acordo com os docentes, o
governo apresentou uma proposta para a categoria através da televisão, mas não sentou para negociar diretamente com eles. Os professores alegam que podem ceder em alguns pontos, mas apenas após conversa com o governo.
Os docentes querem o pagamento de reajuste de 22,22%. A proposta do governo é conceder aos professores licenciados, em novembro de 2012, promoção por meio de curso, com ganho real de 7%. Em abril de 2013, nova promoção, também com ganho real de 7%, para os licenciados.
A categoria também quer a revogação da lei 19.776/12, aprovada pela Assembleia Legislativa da Bahia, que eles consideram prejudicial para os trabalhadores.
Após a assembleia desta manhã, os docentes seguiram em passeata até a Secretaria de Educação, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Pais de alunos, que acompanharam a assembleia, também ameaçam fazer caminhada até o Ministério Público da Bahia (MP-BA).
SUSPENSO PAGAMENTO
O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pargendler, decidiu favoravelmente ao Governo do Estado, nesta terça-feira (12), e suspendeu a liminar concedida pelo Tribunal de Justiça da Bahia, que orientava o pagamento dos salários dos professores da rede pública estadual em greve.
"A decisão do STJ segue o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), no sentido da aplicação da lei de greve ao serviço público, que não obriga ao pagamento dos salários no período da paralisação", afirmou o procurador geral do Estado, Rui Moraes Cruz.
A PGE entendeu que a liminar deferida tinha conteúdo contraditório em relação à decisão anterior, também do Tribunal de Justiça, que manteve os efeitos da declaração de ilegalidade da greve na rede pública de ensino do Estado, decidida pela 5ª Vara da Fazenda Pública da Bahia.