Gilberto José discursou para um plenário quase vazio
Foto: LB
(Por Limiro Besnosik)
Um plenário esvaziado assistiu na tarde desta terça-feira, 10, a apresentação do vereador Gilberto José (PDT), em seu retorno à Câmara de Salvador, após um ano e três meses à frente da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Nem mesmo seu colega de partido, Odiosvaldo Vigas, apareceu para prestigiar a prestação de contas.
Apenas 18 edis estiveram em algum momento atentos à fala do ex-secretário, cujo discurso terminou com apenas 10 companheiros na sessão, sem número regimental mínimo (21), portanto, para ser considerada legal. A oposição se saiu até melhor, pois dos oito componentes da bancada, quatro (Vânia Galvão, Marta Rodrigues, Giovanni Barreto e Gilmar Santiago, todos do PT), conseguiram resistir até o final.
O pedetista mostrou inicialmente a situação caótica encontrada quando chegou à SMS como postos de saúde sucateados, equipamentos quebrados e imprestáveis, atrasos de mais de seis meses nos pagamentos às instituições filantrópicas e ambulâncias e unidades móveis abandonados.
Garantiu ter deixado uma situação bem melhor, embora reconheça que ainda há muito para ser feito na área. Segundo ele, foram recuperadas oito bases do Samu, três Unidades de Saúde da Família, dois centros de saúde (um deles psiquiátrico), o Complexo Municipal de Vigilância em Saúde (Vasco da Gama) e implantado o Laboratório de Águas.
Segundo ele, foi quitada a maioria dos R$ 152 milhões de restos a pagar deixados em 2010, através de estratégias como o remanejamento da verba da assistência farmacêutica, que estava sendo subutilizada por escassez de demanda.
Gilberto José assumiu a SMS com 80% (131) das 164 unidades existentes precisando de reformas, 75% dos autoclaves quebrados, 80% dos gabinetes odontológicos inoperantes e todos os aparelhos de Raio X sem funcionar. As sete unidades móveis médico-odontológicas estavam parados, junto a 136 veículos sucateados, em meio ao mato crescido. Os automóveis foram a leilão, gerando mais de R$ 1 milhão em recursos para a saúde.
Apenas para registro, acompanharam também o relato do pedetista: Pedro Godinho, Everaldo Bispo, Sandoval Guimarães e Pedrinho Pepê (PMDB), Téo Senna (PTC), Andréa Mendonça (PV), Heber Santana e Paulo Magalhães Jr. (PSC), Joceval Rodrigues (PPS), TC Mustafa (PT do B), Jorge Jambeiro (PP), Alberto Braga (PSC) e Moisés Rocha (PT).