(Por Limiro Besnosik)

De volta à Câmara de Salvador, após ocupar a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) por um ano e meio, o vereador Gilberto José (PDT) marcou para esta terça-feira, 10, seu pronunciamento com um balanço de sua gestão na Prefeitura. A sessão desta segunda, 9, ficou esvaziada por conta do sepultamento de Luiz Cesar de Senna, irmão do líder da situação, Téo Senna (PTC).

Pronunciamento sobre os assuntos em tramitação na Casa o ex-secretário preferiu não dar: “Ainda estou me inteirando da ordem do dia; tenho notícia sobre a existência cerca de 700 projetos aguardando votação, mas a Secretaria absorvia totalmente minha atenção. Minha expectativa é que embora estejamos em período eleitoral possamos discutir e votar matérias importantes para a cidade”.

O pedetista adiantou, porém, o tom de sua atuação daqui por diante. Segundo ele, os recursos da saúde municipal são muito mal distribuídos, com distorções históricas graves. Agora, como membro do parlamento, sente-se mais livre para debater essas questões com o público e o plenário.

Citou o caso do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes), o conhecido Hospital das Clínicas, vinculado à Universidade Federal da Bahia (UFBA). Lá foi constatado o repasse de recursos por serviços que não estavam sendo efetivamente prestados à população, tais como transplantes e hemodiálise em três turnos. Assim, dos R$ 5,4 milhões pagos em 2010, Gilberto José determinou a redução para R$ 3,9 milhões em 2011.

“Quando mexi nisso criou-se uma grande celeuma”, disse o edil. Segundo ele, a UFBA reclamou, o Governo do Estado entrou no caso e o assunto chegou até Brasília, apontando um corte de verbas para o hospital universitário. “O dinheiro do convênio com a SMS é para atendimento aos pacientes; quem tem que manter a instituição como escola é o Ministério da Educação”, justificou.