Política

463 ANOS DE SALVADOR SÃO COMEMORADOS NA CÂMARA MUNICIPAL

| 29/03/2012 às 20:38
Durante a sessão, o estado de abandono da cidade foi lembrado
Foto: Rodrigo Soares
Uma sessão comemorativa em tom de lamento marcou os 463 anos da capital baiana na Câmara de Salvador, na manhã desta quinta-feira, 29, no plenário Cosme de Farias. A narrativa histórica do historiador Francisco Senna foi entremeada por seu desabafo pessoal por conta do abandono da cidade e sua esperança depositada na mobilização social dos cidadãos.

À frente da atividade, o presidente da Casa, vereador Pedro Godinho (PMDB) viu como
melhor forma de homenagear o município “cultuar a sua memória e seus antepassados”. Alemão (PRP) e Geraldo Júnior (PTN) endossaram as palavras.

Francisco Senna traçou o perfil da cidade, desde sua fundação, como uma fortaleza, passando por momentos de pleno desenvolvimento nos séculos passados, chegando até ao atual estágio de incertezas por conta de “falta de planejamento”. Ele pediu para se “tomar conta da cidade como quem toma conta de um filho”.

Em sua opinião, “a falta de limites” tem sido uma marca presente nesses 463 anos: “Estou de luto com a realidade desta cidade. Não tenho o que comemorar. Somos um grande povo abandonado. O que estão fazendo com Salvador é irreversível”.

Ao encerrar sua fala, destacou a mobilização da sociedade civil organizada na busca por uma retomada vanguardista e defendeu “o compromisso de cada um na busca do bem coletivo”.

Também participou da sessão regimental e fez parte da mesa de trabalho, o capitão de fragata José Luiz Borges, representando o comandante do 2º Distrito Naval. Estudantes do Centro Educacional Duas Amigas, de Pernambués, assistiram à palestra e visitaram o Memorial da Câmara. O coral da Câmara e a Banda de Música do Corpo de Bombeiros executaram, respectivamente, os hinos de Salvador e Nacional.