Política

METRÔ DA PARALELA GANHA PROTESTO BEM HUMORADO NA CÂMARA DE SALVADOR

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| 26/03/2012 às 18:50
Jambeiro fez um protesto bem humorado
Foto: Alberto Gonçalves

(Por Limiro Besnosik)

Um bolo de chocolate, confeitado com as iniciais PMI, deu o tom de humor e protesto na sessão da tarde desta segunda-feira, 26, na Câmara de Salvador, quando o vereador Jorge Jambeiro (PP) expressou sua indignação contra a não implantação de soluções de mobilidade urbana, prometidas pelo Governo do Estado para a capital baiana. A “festa” foi para comemorar um ano de publicação do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), sem nenhum avanço em termos de obras, sequer de projetos.

Presidente da Comissão de Transporte, Trânsito e Serviços Municipais, Jambeiro não pode fazer sua queixa bem humorada em plenário. Os petistas não levaram a coisa na esportiva, sentiram-se ofendidos, e o presidente Pedro Godinho (PMDB) solicitou a retirada do bolo do salão, logo no início da sessão.

Quando chegou o momento de ocupar a tribuna, dessa vez com a guloseima à mostra, Gilmar Santiago (PT) pediu verificação de quorum, e como havia apenas 12 edis presentes, a reunião foi encerrada. Mesmo assim, o pepista cantou parabéns e distribuiu pedaços de bolo para funcionários, jornalistas e colegas. Vereadores petistas, especialmente o líder Henrique Carballal, demonstrando constrangimento, não se aproximaram da mesa.

Projeto indefinido

Para Jambeiro, o Governo Wagner deve explicações à população soteropolitana pela demora em implantar o transporte de massa. Segundo ele, até agora nada foi feito após a publicação do PMI: “não temos estudos, projetos, dinheiro, nada”.

As cobranças feitas ao secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Cícero Monteiro, foram infrutíferas: “Fiz um questionamento por escrito em 29/8/2011 e ele ficou de me apresentar o projeto pronto em outubro, mas até agora nada”.

O vereador classifica como totalmente indefinido o plano para a Avenida Paralela, incluindo aspectos como integração com o Metrô Lapa-Acesso Norte, valor da tarifa, responsabilidade do subsídio, origem de recursos e montante dos investimentos (cujo total passaria de R$ 600 milhões do Bus Rapid Transit – BRT, para cerca de R$ 3 bilhões na solução sobre trilhos).