O ex-prefeito José Tude (PRP) é oficialmente o coordenador da chapa de oposição a sucessão na prefeitura de Camaçari. Com o acordo, fechado durante reunião realizada quinta-feira (22/3), em Salvador, Tude assume todo o controle político do processo sucessório na base da oposição. O movimento, que pode ser interpretado como fortalecimento do esquema antigovernista, além de dar ao 3 vezes prefeito e ex-deputado estadual e federal o poder de conduzir as conversas, garante seu nome numa possível reversão do acordo do PRP com o grupo do prefeito Luiz Caetano (PT). O pacote com o Partido Republicano Progressista, fechado no começo do ano, incluiu a ida do radialista Marco Antonio para a base governista, além de emprego numa emissora de rádio, confirmado essa semana (Veja matéria).
O encontro, com as presenças do próprio Tude e dos pré-candidatos Maurício Bacelar (PTN), Osvaldinho Marcolino (PMDB), Tereza Giffoni (PSDB) e Zé de Elísio (PP), além do presidente do DEM e ex-prefeito, Helder Almeida, também definiu que o nome para vice-prefeito é a última etapa do processo e deve representar ampliação de espaço político no tabuleiro sucessório. O nome não será escolhido antes de junho, garante uma fonte que participou da reunião.
Durante o encontro ficou definido que a densidade eleitoral, comprovada em pesquisa, deve se somar a capacidade do candidato em ampliar apoios, inclusive atraindo parte da base governista para a oposição. A experiência administrativa também é critério decisivo na escolha do cabeça de chapa.
O acordo amplia os poderes de Tude, que num movimento pendular, alterna anúncios de sua candidatura, com sinais claros de desistência. Com dificuldades para garantir legenda pelo PRP, hoje mercadoria no ‘carrinho de compras' do prefeito, não tem economizado adjetivos depreciativos. Durante a Lavagem de Arembepe (23/3), Tude voltou a reduzir a importância do PRP, segundo ele transformado em "partidinho" pelo atual presidente estadual, Jorge Aleluia. (Camaçari Agora, texto: João Leite)