O presidente do PTN de Camaçari Maurício Bacelar, reafirmou hoje ser contra a instalação das praças de pedágio no entorno de Camaçari que sitiaram a cidade, obrigando todo cidadão que quiser entrar ou sair do município, por quaisquer de suas vias, a pagar. "Toda população camaçariense tem conhecimento de que sou contra a instalação das praças de pedágio desde o primeiro momento, principalmente no caso de Camaçari que não deixou alternativas para entrar ou sair da cidade", enfatizou.

Maurício Bacelar também reagiu a ação da Justiça que determinou a Concessionária Litoral Norte (CLN) a fechar a via alternativa ao pedágio na manhã da última quarta-feira (25). O fechamento do desvio ao pedágio na BA-099, a Estrada do Coco, foi determinado pelo desembargador Clésio Rômulo Carrilho Rosa, da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). O prefeito de Camaçari Luiz Caetano, tentando transformar a questão jurídica em política, atribuiu a atitude do desembargador a "relações de amizade". "Não acredito que nenhum juiz ou desembargador tome medidas - inclusive essa que vai de encontro aos interesses da população - baseadas em amizades", disse Bacelar.

O presidente do PTN, que também é engenheiro civil, reafirmou hoje que conhece a alternativa para as praças de pedágio e voltou a se colocar à disposição da prefeitura de Camaçari. "Eu, como engenheiro civil, já me coloquei à disposição da prefeitura de Camaçari para resolver o problema do cerco dos pedágios à cidade. Nunca fui procurado pelo prefeito ou qualquer outro técnico da prefeitura. Reafirmo agora que continuo à disposição a fim de apontar a alternativa técnica às praças de pedágio, em benefício ao povo de Camaçari", reafirmou.

Maurício Bacelar lamentou mais uma vez que o prefeito Luiz Caetano, que se diz amigo íntimo do governador Jaques Wagner, continue usando de factoides sem apresentar uma solução para o problema. "Reafirmo que não vou transformar uma questão jurídica em política. Sou diferente do prefeito que pauta sua atuação política com factoides, enquanto atuo com seriedade, correção e transparência, sempre em defesa dos interesses públicos", disse Bacelar.

Para o presidente do PTN, é estranho que o amigo do governador não tenha sido consultado e tenha expressado qualquer reação contra o sitiamento de Camaçari. "Para quem se diz amigo do governador - e de quem foi, inclusive, coordenador financeiro de campanha - não acredito que Jaques Wagner tenha tomado a medida de sitiar Camaçari com seis praças de pedágio, numa atitude tão extrema contra o povo de Camaçari, sem antes conversar com seu amigo prefeito. Luiz Caetano faz jogo de cena. No privado, concorda com a instalação das praças de pedágio e, no público, diante da população se diz contra", avaliou Bacelar.