Política

MST OCUPA 7 PREFEITURAS E GARANTE QUE VAI AMPLIAR OCUPAÇÕES PARA 10

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| 10/01/2012 às 11:20
MST diz que só deixa a área após serem atendidas suas reivindicações, em Prado
Foto: Primeiro Jornal
(Atualizado às 17h13min)

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou mais duas prefeituras na tarde desta terça-feira, 10. Com isso já são sete prédios de administrações municipais invadidos para pressionar prefeitos a sentar com as lideranças e discutir uma pauta para a área da Educação.

As duas últimas cidades que tiveram as prefeituras ocupadas foram Rodelas e Santa Brígida, no nordeste da Bahia, próximas à cidade de Paulo Afonso. Já as prefeituras de Igrapiúna, Prado, Itabela e Camamu, todas no sul da Bahia, além de Queimadas, na região sisaleira, já amanheceram com centenas de integrantes do MST que portam suas tradicionais bandeiras vermelhas. O objetivo da organização é ocupar pelo menos dez prefeituras até a próxima semana.


O MST se queixa do total descaso dos municípios em relação às escolas dos assentamentos que funcionariam em instalações precárias e com falta de equipamentos. "São escolas do nível fundamental que as prefeituras tem obrigação de manter inclusive porque recebem verbas do Ministério da Educação para isso", declarou Márcio Matos, uma das principais lideranças do MST na Bahia.



(ATUALIZADA ÀS 1H15MIN)

 Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou cinco prefeituras na manhã dessa terça-feira (10) para pressionar os prefeitos a sentar com as lideranças e discutir uma pauta para a área da Educação.


As prefeituras de Igrapiúna, Prado, Itabela e Camamu, todas no sul da Bahia, além de Queimadas, na região sisaleira, amanheceram com centenas de integrantes do MST que portam suas tradicionais bandeiras vermelhas. O objetivo da organização é ocupar pelo menos dez prefeituras até a próxima semana.

O MST se queixa do total descaso dos municípios em relação às escolas dos assentamentos que funcionariam em instalações precárias e com falta de equipamentos. "São escolas do nível fundamental que as prefeituras tem obrigação de manter inclusive porque recebem verbas do Ministério da Educação para isso", declarou Márcio Matos uma das principais lideranças do MST na Bahia.

Essa "jornada" tem o objetivo de "pautar" as prefeituras nesse início de ano para que se organizem e ofereçam condições mínimas de funcionamento às escolas dos assentamentos. "Só vamos deixar os locais após os prefeitos e os secretários de educação nos receber", avisou Matos.


Outra forma de pressão que o MST baiano vem usando para conseguir o atendimento de reivindicações, a ocupação de escritórios regionais da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), deve continuar no Estado. O primeiro escritório foi ocupado ontem na cidade de Vitória da Conquista.


"Nós temos demandas como sistemas de abastecimento de água instalados em assentamentos pelo governo baiano que necessitam de energia elétrica para funcionar e a Coelba não instala", reclamou o líder sem-terra para justificar as ocupações que segundo ele são "legítimas e instrumento de luta".

Semana passada o deputado Valmir Assunção (PT-BA) líder histórico do MST da Bahia, eleito para a Câmara Federal em 2010, constatou que as ações do Movimento repercutem bem mais do que seus discursos no plenário da Casa que, na sua visão, não são ouvidos pelos colegas, pelo governo e pela sociedade.



(MATÉRIA DAS 11H)

Pela segunda vez, na gestão do Prefeito João Alberto Viana Amaral, o ‘Jonga' (PCdoB), que a Prefeitura Municipal do Prado é ocupada por trabalhadores rurais do Movimento dos Sem-Terra (MST).

No início do expediente desta terça-feira (10) centenas de trabalhadores e trabalhadoras desembarcavam de inúmeros ônibus, com colchões, barracas e mantimentos, para permanecer por longo período, ocupando a sede administrativa do município pradense.

O líder dos ocupantes, Welton Pires dos Santos, afirmou que o ato é uma resposta ao não cumprimento das reivindicações da primeira ocupação, ocorrida no dia 10 de janeiro de 2011, à exatos um ano atrás.

Segundo Pires, entre as reivindicações estão benefício para diversos acampamentos e assentamentos no território do município, na área de saúde, educação, agricultura, combustível e tratores para preparar a terra para o plantio; recuperação e melhoramento de campos de futebol, compra de equipamentos e reformas de escolas, além da recuperação de estradas e rodagens.


O líder citou o exemplo de municípios, como Alcobaça, que mantém 09 (nove) tratores arando terras de assentamentos e acampamentos, inclusive pertencentes à famílias de trabalhadores que vivem em Prado. Outro ponto foi o atendimento de médico em áreas de reforma agrária, que não foram cumpridas, pela gestão do Prefeito ‘Jonga', senão em ocasião que foram para vacinar cães e gatos. (REdação, Primeiro Jornal e A Tarde)