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Sessão da Assembleia Legislativa no Amélio Amorim, em Feira, com grande público
Foto: ACM
(Atualizada às 20h33min)
A Assembleia Legislativa da Bahia aprovou por maioria abolsuta (deputado Targinio Machado, PSC, foi único voto contra) a criação da Região Metropolitana de Feira de Santana, de acordo com projeto do Executivo, englobando 6 municípios.
Esse Projeto de Lei (PL) é uma luta antiga do ex-deputado Colbert Martins, atual secretário Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, e foi encaminhado para a Assembleia Legislativa da Bahia na terça-feira (14) e os municípios selecionados foram: Feira de Santana, Conceição da Feira, Tanquinho, Conceição do Jacuípe, Amélia Rodrigues e São Gonçalo dos Campos.
Segundo dados apresentados pelo secretário de Relações Institucionais, Cézar Lisboa, o líder da Maioria na Assembléia Legislativa, José Neto, o coordenador de assuntos administrativos da Casa Civil, Tarcízio Menezes, e o assessor especial Éden Valadares, para serem integrados a RM os municípios devem ter população urbana igual ou superior a 50% da população total, participação igual ou superior a 4% no PIB do estado, serem limítrofes e terem fluxo de relação comercial e de movimento pendular com a cidade sede.
O projeto hoje aprovado pela Assembleia Itinerante, em Feira, foi uma vitória de Marcelo Nilo, presidente da Casa, e do líder da Maioria, deputado Zé Neto (PT). Agradou e muito, também, ao prefeito Tarcízio Pimenta.
(Matéria das 18h)
A sessão itinerante da Assembleia Legislativa realizada nesta tarde de quinta-feira, 16, no Centro de Cultura Amélio Amorim, em Feira de Santana, até o momento os deputados não chegaram a um acordo para aprovar o projeto de criação da Região Metropolitana de Feira, único a ser analisado. Há impasse sobre a formatação da RMF, proposta do Executivo para que abrigue apenas 6 municípios, enquanto deputados da oposição querem uma RMF com 16 municípios.
O deputado Zé Neto (PT), líder da bancada da Maioria, considera a polêmica saudável e própria do embate democrático, mas, diz que o Executivo propõe a composição com os 16 municípios, embora só admita a aprovação do projeto com 6 municípios inicias nucleares. "Há critérios técnicos sendo observados e para funcionar como deve ser, com conselhos e tudo mais, o inicio do processo da RMF deve contemplar apenas 6 municípios", frisou durante pronunciamento na sessão.
Para o deputado Targino Machado, líder do bloco independente (PSC/PTN), assim como não existe "meia gravidez não pode haver meia Região Metropolitana de Feira" e todos os 16 municípios, muitos dos quais limítrofes de Feira de Santana devem ser incluidos no projeto inicial. "Da forma que está sendo vista pelo governo é uma RMF calça-cutra, pior do que o Metrô de Salvador", frisou.
Já o deputado José de Arimatéia, PRB e base do governo, diz que o Executivo está correto ao propor a RMF com 6 municípios, porque é o mais viável tecnicamente "e depois, então, pode-se colocar os outros 10 municípios". Arimatéia também discordou dos deputados Carlos Geilson (PTN) e Elmar Nascimento (PR), os quais disseram que o governo Wagner não tem apreço com Feira de Santana.
"Ora, a prova de que o governador Wagner tem apreço por Feira foi, entre outras, a construção do Hospital Estadual da Criança e também do projeto de lei que cria a RMF", sustentou Arimatéia questionando que, desde o projeto do deputado Colbert Martins, que foi o pioneiro da RMF, de 1994, "qual foi o governador que se interessou por esse tema e o enviou a ALBA?", perguntou e ele mesmo respondeu: "Foi Wagner".
CIS METROPOLITANO
O deputado Carlos Geilson (PTN), também de Feira e da oposição ao governo, disse no plenário que a RMF com 16 municípios irá resolver um problema sério no município que é sua expansão industrial travada pela falta de terrenos e projetos mais abrangentes. "Tem 60 indústrias querendo se instalar em Feira sem condições e o CIS (Centro Industrial do Subaé) Metropolitano poderia resolver essa questão, de cara, desde que a RMF englobe os 16 municípios.
Segundo Geilson para instalar uma RMF pela metade ninguém quer, pois, de acordo com sua opinião, "se a Bahia não se divide; a RMF também não se divide".
Os outros dois deputados mais votados em Feira, Graça Pimenta (PR) e Tom (DEM) optaram por falar de outros temas fora da RMF, Graça abordando o programa cidade digital, "uma revolução que está sendo em Feira nesse sentido"; e Tom, sobre a buraqueira que está a BR-324, "é uma vergonha".