Os vereadores da Câmara Municipal de Salvador demoraram quase quatro meses para votar o primeiro projeto em 2011. As isenções para empresas que serão instaladas no Parque Tecnológico da cidade dividiram opiniões, causaram polêmica e provocaram inúmeras negociações até que um denominador comum fosse alcançado: a aprovação, por unanimidade, da proposta do Executivo Municipal.
O atraso trouxe um acúmulo de projetos na pauta. Cerca de 800 propostas dos vereadores ficaram acumuladas e esperando para serem votadas. Entre elas, muitas "urgências", inclusive, da Prefeitura de Salvador.
Após o período de exaustivas negociações para votar o projeto do Parque Tecnológico, os vereadores estão "tirando o atraso" e tentando recuperar o tempo perdido. As sessões de votação dos projetos têm sido longas. Na terça e na quarta desta semana, por exemplo, o mutirão dos vereadores votou mais do que em todos os meses de atividades legislativa de 2011.
Foram 83 projetos votados nos dois dias. 32 votados na terça e 52 votados na quarta-feira (sessão que durou até 2h30 da madrugada). Deste total de projetos, 79 de autoria dos edis de Salvador e quatro do Executivo Municipal.
Entre os projetos emplacados pela Prefeitura, estão o remanejamento do montante de mais de R$ 86 milhões para a Secretaria Municipal da Saúde; o Plano Municipal de Saneamento Básico, da Embasa; a adequação da aplicação dos recursos financeiros do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, Fundurbs; e o Previs, que prevê equilíbrio financeiro para beneficiários da previdência.
Para o presidente da Câmara, vereador Pedro Godinho (PMDB), os debates são necessários para os avanços em uma Casa legislativa democrática. "Votamos projetos importantes que, com certeza, irão contribuir com melhorias para a nossa cidade. As discussões são importantes para o amadurecimento das ideias e fundamentais para o exercício da democracia", declarou.