Ele teria multiplicado seu patrimônio em 4 anos
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Bras
Os partidos de oposição no Senado PSDB, DEM e PPS entraram com uma representação no Ministério Público na tarde desta terça-feira para que haja uma investigação sobre a evolução patrimonial do ministro da Casa Civil, Antônio Palocci. Segundo reportagem divulgada no domingo pelo jornal Folha de S.Paulo, o político aumentou seu patrimônio em 20 vezes em um período de quatro anos.
De acordo com o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), Palocci deveria abrir seu sigilo fiscal espontaneamente para explicar a evolução patrimonial nesse período. "Cabe a ele explicar, a justificativa pode ter lógica, mas tem que ter comprovação. Nesse caso caberia, a meu ver, ao ministro abrir espontaneamente seu sigilo fiscal, já que sem comprovação qualquer justificativa perde sentido. Há um movimento de opinião publica na direção da suspeição absoluta e só esclarecimentos cabais e documentais poderão eventualmente acabar com essa suspeição", disse.
A oposição na Câmara também pretende protocolar cinco pedidos de informações sobre a movimentação financeira de Palocci à Receita Federal e ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), ligado ao Ministério da Fazenda, para verificar a legalidade das ações que permitiram a evolução patrimonial do ministro. O PSDB na Câmara vai, inclusive, pedir a convocação de Palocci para que preste depoimento na Comissão de Fiscalização e Controle da Casa. O pedido precisa ser votado na comissão na próxima reunião.
O ministro rebateu as informações e alegou, em nota, que toda sua evolução patrimonial consta em sua declaração de Imposto de Renda. Palocci afirmou ainda que a Projeto, empresa que administra seus imóveis, foi aberta em 2006 para prestar serviços de consultoria econômico-financeira, atividade que realizou até 2010. Depois, essas atividades foram encerradas devido ao seu cargo no governo federal, e a empresa passou a funcionar como administradora de imóveis