"A promiscuidade do governo da Bahia com o MST chega ao ponto de a Polícia Militar atender com mais celeridade e presteza um ofício da entidade representativa dos sem-terra do que as ordens judiciais de reintegração de posse das propriedades invadidas pelo movimento no estado", denuncia o presidente estadual do Democratas, José Carlos Aleluia.
A denúncia do líder oposicionista se baseia no grande número de sentenças de reintegração de posse prolatadas por juízes baianos que estão sem efeito por causa da falta de apoio policial para a execução delas. Na Bahia, as sentenças de reintegração de posse ficam paradas por mais de um ano.
Enquanto isso, com apenas um ofício encaminhado ao Batalhão de Polícia Militar de Itaberaba, em 23 de março deste ano, o MST conseguiu obter suporte policial para remover da área do acampamento do Peixe, localizado a dois quilômetros da sede do município de Boa Vista do Tupim, pessoas que estariam pertubando a ocupação dos sem-terra.
No ofício (em anexo), o dirigente regional do MST, José Francisco Correia Neto, pede que seja enviada a Polícia Militar ao local no dia 27 de março de 2011. O despacho do coronel Lobão foi o seguinte: "Ligar para Boa Vista e determinar o deslocamento da guarnição no dia solicitado".
Para Aleluia, o governo de Jaques Wagner não tem limites para agradar o MST. "Mantém quadros do movimento em seu governo, gastou dinheiro público para bancar a farra do boi na ocupação recente da secretaria estadual de agricultura e ainda desrespeita o Poder Judiciário e o Estado de Direito, deixando vários produtores rurais a esperar um ano e meio para reaver suas propriedades, invadidas ilegalmente pelo MST. No meio jurídico, onde a revolta é geral, já se fala até que Jaques Wagner criou a ordem judicial do MST ".