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Dezenas de profissionais de saúde do Estado, usados como massa de manobra na ALBA
Foto: BJÁ
(Atualizada às 23h07min)
A greve dos médicos e servidores de saúde do Estado chegou ao fim apenas com promessas de que, em 60 dias, sairá uma possível solução, e um provável plano de cargos e salários. Como disse o deputado Targino Machado (PSC), a greve era política do PCdoB e tinha "hora e dia para acabar", assim que o governo contemplasse alguns sindicalistas.
(Matéria das 18h18min)
Dezenas de profissionais de saúde do estado estiveram nesta tarde de segunda-feira, 9, no saguão e nas galerias da Assembleia Legislativa tentando sensibilizar os deputados para o movimento grevista na saúde pública do estado, mas, salvo uma reunião de sindicalistas com o deputado Álvaro Gomes, PCdoB, não houve avanços. Álvaro disse ao BJÁ, antes de entrar na reunião com os sindicatos, a portas fechadas, que "as coisas estão avançando".
Cantando uma paródia da música de Luiz Gongaza (Em perguntei/ a Jorge Solla/ porque tamanha judiação/ para, para, para, para pra acertar) os grevistas não obtiveram sucesso na ALBA uma vez que a sessão na Casa foi mixórdia, menos de 15 deputados, e, por volta das 16h, a deputada Maria Del Carmen, PT, pediu verificação de quórum e a sessão caiu.
Ainda assim, o deputado Targino Machado (PSC) fez duras críticas ao governo do Estado e ao secretário Solla entendendo que falta sensibilidade ao governador Wagner para tratar desse tema, e que a greve, comandada pelos sindicalistas do PCdoB, tem dia para acabar, "isso quando chegar a hora da partilha e eles receberem as benesses, aí mandam encerrar o movimento paredista".
De acordo com Targino, "os profissionais de saúde estão sendo levados para o matadouro sem direito ao berro" e que, na Bahia, o atendimento nos hospitais do Estado, com greve ou sem greve, é uma constante de caos. "Qualquer mulher que precisa de um exame ginecológico; ou um homem que necessite de um preventivo de câncer de próstata sabe disso, pois o SUS não presta", comentou.
Para o deputado José Raimundo (PT), Targino além de exagerar nas tintas, parece que, "realmente, não conhece a importância do SUS".
José Raimundo situa que o político não pode ser ingrato com a realidade, pois, a despeito de problemas que o SUS enfrenta e a saúde pública de uma forma geral no Brasil, "dizer que o SUS não presta é não conhecer sequer a história da saúde pública no Brasil".