A greve dos médicos e demais profissionais de saúde que atendem na rede pública gerida pelo governo estadual, iniciada nesta terça-feira (3), foi o tema do pronunciamento da deputada estadual Graça Pimenta (PR). Na tribuna da Assembleia Legislativa (AL) a parlamentar destacou, na tarde de hoje, que saúde é direito do cidadão.

"Enquanto a legislação brasileira preconiza o atendimento universal da população, aqui na Bahia acontece o contrário: suspensão de atendimentos ambulatoriais e cirurgias eletivas. Paralisação da rede estadual de saúde, integrada por 41 hospitais, dos quais 20 deles estão na capital e região metropolitana", declarou a parlamentar.

Segundo a deputada Graça Pimenta, "com todas as unidades de saúde pública estaduais funcionando, a precariedade no atendimento é alarmante. Com a greve dos profissionais de saúde o cenário é de guerra, de desespero, de caos, de morte dos pacientes que se ultimam por falta de assistência à saúde".

A parlamentar relatou o baixo investimento direcionado ao Sistema Único de Saúde (SUS). "No Brasil, do valor do PIB (Produto Interno Bruto) destinado à saúde, apenas 41% do gasto é público, sendo que em países com sistema semelhante são 70%. Em verdade, não há como oferecer serviços para todos e de qualidade com esse nível de investimento", revelou a deputada Graça Pimenta.

A realidade das unidades de saúde pública estaduais e as consequências da greve foram citadas pela parlamentar. "Faltam médicos e auxiliares de enfermagem, enfermeiros, as emergências estão lotadas e, o mais grave, as unidades novas não funcionam. Equipamentos modernos existem, mas não operam. Com a greve haverá uma sobrecarga no atendimento nas unidades de emergência e unidades básicas geridas pelos municípios", declarou a deputada Graça Pimenta.

Na finalização do pronunciamento a parlamentar declarou que "urgem providências do Governo do Estado para amenizar as dores dos enfermos e a falta de perspectiva de melhora no exercício dos direitos assegurados pela Constituição, no tocante à saúde". A deputada Graça Pimenta já havia cobrado ações do governo para evitar a greve em pronunciamento realizado no dia 26 de abril.