Política

VEREADOR GIOVANNI BARRETO DEFENDE UPPs EM AUDIÊNCIA NA CÂMARA

Veja
| 28/04/2011 às 19:14
Representantes de comunidades marcaram presença no encontro
Foto: Valdemiro Lopes
Por Marivaldo Filho 


Reunir representantes técnicos da segurança pública da Bahia com representantes da população com o objetivo de debater a importância das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Esse foi o objetivo da audiência pública, realizada pelo vereador Giovanni Barreto (PT), na tarde desta quinta-feira (28), no Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador.

"Com esse debate público, procuramos alternativas para uma sociedade mais pacífica e com menos violência. Para isso, é necessário que a polícia se aproxime ainda mais da sociedade. Mas, o mais importante é que a população tenha oportunidades de lazer, educação, saúde. Não podemos deixar que a criminalidade abrace os jovens. Temos que fazer com que o Estado acolha e ofereça condições para que essas pessoas tenham uma vida digna", afirmou o vereador Giovanni Barreto.

Mesmo numa tarde chuvosa, a população compareceu em peso para participar da discussão. O presidente do Conselho de Segurança do Nordeste de Amaralina, Paulo Sérgio, defendeu a injeção de políticas públicas nos bairros, antes mesmo da presença dos policiais. "Queremos saber quais secretarias do governo do Estado vão entrar nessas comunidades, antes da polícia. Os moradores do Nordeste precisam de educação, saúde, saneamento básico e entretenimento. A polícia pode chegar depois", declarou.

Para o Coronel Leite, especialista em direitos humanos, a ideia de polícia pacificadora é antiga. Segundo ele, a diferença é que agora há um compromisso de vários setores da sociedade e dos poderes públicos. "A prefeitura, por exemplo, está se dispondo a fazer a sua parte. Os líderes comunitários também", diz.


Base Comunitária de Segurança


A nomenclatura da ação da polícia também é uma questão que preocupa o Coronel Leite. Na opinião dele, o governo do Estado deve definir um nome para o que vem sendo chamado, em determinados momentos, de ‘Unidade de Polícia Pacificadora' e em outros momentos de ‘Base Comunitária de Segurança'. "Facilita para imprensa e consolida um nome para toda a sociedade. A população tem que acreditar. Se não conseguir ver que essas medidas estão sendo tomadas para o bem de todos, não vai dar certo", concluiu.

A representante da Secretária de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), delegada Joelma Franco, listou ações desenvolvidas pelo governo do Estado a fim de reduzir os índices de criminalidade. "A implantação de seis delegacias na capital e mais cinco no interior do Estado, com certeza, vão fazer com que os casos de violência diminuam na Bahia", garantiu.