Os funcionários da Secretaria de Serviços Públicos saíram frustrados da sessão ordinária da Câmara Municipal de Salvador por causa da aprovação do projeto de lei do Executivo Municipal que altera a carga horária de 30h para 40h do cargo de Agente de Suporte Operacional e Administrativo. A categoria pretendia ser incluída no projeto para ter as horas incorporadas na aposentadoria.
Também insatisfeito com a não-inclusão dos servidores da Sesp, o vereador Alcindo da Anunciação (PSL) resolveu protestar obstruindo a votação dos outros projetos. Com o regimento interno "debaixo do braço", o edil discutiu tudo o que tinha direito e causou insatisfação entre os vereadores.
O vereador Téo Senna (PTC) deu a solução. O líder da bancada do governo prometeu se reunir com representantes da Sesp, segunda-feira (2 de maio), depois da sessão, para ver a possibilidade de que outro projeto seja encaminhado para beneficiar os trabalhadores. "Dou a minha palavra que junto com cinco representantes da Sesp e os vereadores interessados vamos até a Casa Civil para que os servidores sejam contemplados. Se você gosta mesmo de mim e quer o bem da minha saúde, confie no que te digo", apelou Senna, que ficou afastado nas últimas semanas por problemas de saúde.
Um dos vereadores mais influentes na Câmara, Alfredo Mangueira (PMDB), também tentou sensibilizar o vereador Alcindo. "Se você gosta mesmo de Téo Senna, atenda a esse apelo que ele e toda a Casa está fazendo", declarou.
Não adiantou. Pelo menos, de imediato. Alcindo continuou a emperrar a sessão até cansar. Depois das 20h30, o vereador resolveu confiar na palavra do líder do governo. "Espero que aconteça como o vereador Téo Senna está falando. Sei que ele não pode garantir, mas tenho a certeza de que ele vai fazer de tudo", concluiu.
Sem a interferência de Alcindo, a sessão continua na Câmara Municipal e, a partir das 20h40, os projetos dos vereadores começaram a ser votados.