Integrante da Frente Parlamentar para Acompanhamento da Construção da Ferrovia Oeste-Leste e do Porto Sul, o deputado federal Luiz Argôlo (PP), se mostrou surpreso com a proposta de uma ação civil pública por parte do Ministério Público Federal de Ilhéus com pedido liminar para suspender, imediatamente, todas as ações relativas à construção do sub trecho Barreiras-Ilhéus da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol).
A medida, segundo o órgão, só poderá ser revogada até que os procedimentos de licenciamento ambiental do Porto Sul e do Terminal de Uso Privativo (TUP), da Bahia Mineração (Bamin), sejam concluídos. Na opinião de Argôlo, todos esses entraves judiciais só fazem atrasar ainda mais a obra do Complexo Intermodal, cujo projeto é crucial para o desenvolvimento do nordeste e do Brasil, que sofre com transporte ineficiente, caro e poluente.
Argôlo reiterou ainda que é possível aliar a implantação de um complexo logístico e a preservação do meio ambiente. "Em especial, quando o desenvolvimento econômico-social que será gerado pelo projeto justifica o passivo ambiental", destacou o deputado, conclamando que os órgãos envolvidos e a Justiça busquem consenso e destravem a tão esperada obra.
"Afinal, trata-se de um Complexo Logístico Intermodal, que resultará em uma nova rota de desenvolvimento sustentável. A economia baiana, e principalmente a de Ilhéus, terá uma nova dinâmica, com estímulo ao turismo e ao comércio, atração de novas empresas, geração de empregos, garantido assim o desenvolvimento regional. Portanto, defender o Porto Sul é defender a dignidade das pessoas, é pensar para frente. É entender que Ilhéus e toda a região vai se tornar economicamente competitiva junto com o seu povo", destacou.
Por fim, o deputado lembrou que no último dia 12, autoridades baianas e órgãos ambientais comemoram a alteração do local onde será implantado o Complexo Portuário e de Serviços Porto Sul. "Atendendo a uma orientação do IBAMA, a administração estadual optou por redirecionar os estudos para a nova área. Dentre os motivos determinantes para a mudança da localidade destinada ao projeto estão a ausência de corais e recifes no trecho de mar em frente à nova área escolhida e de fragmentos em processo de regeneração de Mata Atlântica, bem como menor complexidade de fauna. Isso tudo tem que ser levado em consideração", pontuou o parlamentar.