Política

COMISSÃO ANALISA DENÚNCIA DE INTOLERÂNCIA RELIGIOSA EM CAMAÇARI

VIDE
| 14/04/2011 às 20:08
Prestes a completar dois meses de atividade, a Escola Municipal Zumbi dos Palmares, localizada em Camaçari, é o foco de uma audiência pública da Comissão Especial da Promoção da Igualdade (Cepi) do Legislativo baiano por conta de denúncias de prática de intolerância religiosa contra a instituição. 

  Fruto de convênio entre a Prefeitura e o terreiro de candomblé Lembá, que cedeu ao município área equivalente a 1.500 m², a escola funciona dissociada da casa religiosa e com a mesma orientação pedagógica das outras unidades de ensino fundamental, sob responsabilidade da Secretaria municipal de Educação. 

  A Cepi pretende mediar o conflito ouvindo as partes envolvidas, na próxima quarta-feira (dia 20/04), a partir das 9 horas, no auditório da Cidade do Saber, em Camaçari. Foram convidados para a audiência pública o prefeito do município, Luiz Caetano (PT); os secretários municipais Luiz Valter Lima (Educação) e José Cupertino (Desenvolvimento Urbano); a promotora do Ministério Público, Márcia Virgens; o presidente da Câmara de Camaçari, vereador Zé de Elísio; e o secretário estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Almiro Sena. 

  Denúncia - O denunciante é o coordenador da escola Ricardo Tavares, que também é o Tata Inkissi do terreiro, que provocou o Ministério Público a investigar uma suposta campanha de discriminação deflagrada pelo líder comunitário Arailton Rodrigues. 
 
Arailton nega fazer perseguição religiosa, diz que a questão é socioambiental e acusa a prefeitura de Camaçari de erguer a escola em área contaminada por produtos químicos. Ele mantém um blog na internet, no qual assina como presidente da Associação das Vítimas de Substâncias Químicas de Parque Real Serra Verde, entidade criada dois anos após um acidente envolvendo um caminhão tanque, em junho de 2006, que despejou substâncias tóxicas na localidade.