Política

REBELDIA DA BASE DERRUBA SESSÃO E ALBA NÃO VOTA REFORMA ADMINISTRATIVA

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| 13/04/2011 às 16:21
Nove deputados da oposição ainda permaneceram em plenário, após queda da sessão
Foto: BJÁ
   Deve ficar para a próxima semana, certamente na terça-feira, 19, o esforço concentrado do governo para reunir a base aliada na Assembleia Legislativa, hoje, constituida por 42 parlamentares, muitos dos quais insatisfeitos com a distribuição dos cargos na capital e no interior, visando votar o projeto da mini Reforma Administrativa.
  Nesta quarta-feira, 13, faltou quórum e a sessão na Assembleia caiu logo no início da abertura dos trabalhos, nos pronunciamentos do "pinga-fogo".

  Só falaram por cinco minutos cada, os deputados Targino Machado (PSC), Luiza Maia (PT) e Mário Negromonte Jr (PP) quando o líder da oposição, deputado Reinaldo Braga (PR), solicitou a verificação de quórum. Da base aliada, só havia 6 deputados em plenário e a sessão caiu.

  Ao que tudo indica, o líder da Maioria, deputado Zé Neto (PT), não compareceu a sessão, não conseguiu sensibilizar a base e deu tempo ao tempo para tentar organizar "o meio de campo", acalmar os "rebeldes", aguardar o retorno do governador Wagner da China e retomar o esforço na terça-feira.

  Para o deputado Targino Machado (PSC), o qual ainda conseguiu se pronunciar no "pinga-fogo", o líder da Maioria acordou de "ressaca" diante da derrotada da última terça-feira, 12, e os assessores do chefe do Executivo devem "estar gastando muito dinheiro com telefonemas à China, para tentar apagar o fogo".

  O certo é que, de fato, há insatisfações na base governista e, ainda que ninguém queira assumir isso à imprensa, de forma direta, em "off", sabe-se que são muitas às críticas ao secretário César Lisboa, das Relações Institucionais, considerado um "peixe fora d'água no ramo da política", e aos critérios que a SERIN está adotando para a distribuilção dos cargos.

  Ainda em "off", um deputado da base disse ao BJÁ que os critérios são esdrúxulos e contemplam, prioritariamente, os deputados do PT eleitos e até candidatos derrotados desta mesma legenda, em determimento de "companheiros" de outros partidos.

  Os comentários de bastidores dão conta de que um deputado da região Sudoeste teria 14 cargos, até recentemente, e sua quota foi reduziada para 3. E, outro deputado da região Norte teria 13 cargos e teve sua participação reduzida para 4.