Política

MARCELINO GALO CONDENA IMPUNIDADE A PMs DO MASSACRE ELDORADO CARAJÁS

VIDE
| 11/04/2011 às 15:54

A impunidade de 155 policiais que participaram do assassinato a sangue frio de 19 trabalhadores rurais no Pará em 17 de abril de 1996, fato conhecido como o massacre de Eldorado dos Carajás, foi mais uma vez denunciada pelo deputado estadual Marcelino Galo (PT) na tarde desta segunda-feira (11). Durante seu discurso na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Galo lembrou que, depois de 15 anos, "permanecem soltos os 155 policiais que mataram. Dentre os 144 incriminados, apenas dois foram condenados depois de três conturbados julgamentos".


O deputado destacou que é preciso que o Poder Judiciário adote as medidas cabíveis para punir outros assassinos de centenas de lutadores do campo. "Essas pessoas em Eldorado dos Carajás lutavam por melhores condições de vida no campo e faziam parte de uma manifestação pedindo a dotação federal de uma fazenda improdutiva, onde o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) montou um acampamento chamado Macaxeira, com quase 3 mil famílias", destaca o petista que ainda afirma que "não existe democracia em um país onde se pode matar sem punição".


O deputado acredita que se existe uma decisão política do governo federal em priorizar as políticas de combate à pobreza e mazelas sociais e que, por isso, a reforma agrária tem de ser prioridade. "É necessário fazer uma reforma agrária ampla e democrática, onde possa assentar famílias e desenvolver a agroindústria com assistência técnica e crédito rural para quem trabalha na terra. Com isso é possível que se produzam alimentos em maior número do que se produz hoje", completa.


Sobre a Sessão

A sessão proposta por Marcelino Galo antecede o 17 de abril, dia em que foi realizado o massacre de vários camponeses em Eldorado dos Carajás, e por isso acabou se tornando o Dia Mundial de Luta pela Reforma Agrária e Justiça no Campo. A participação do MST será maciça, levando o assunto da reforma agrária mais uma vez para o debate na sociedade.