O secretário da Saúde da Bahia, Jorge Solla, esteve presente, ontem à tarde, na Assembleia Legislativa para participar de mais uma atividade proposta pela Comissão de Saúde em comemoração ao Dia Mundial da Saúde. A convite do presidente do colegiado, deputado Pastor José de Arimatéia (PRB), o secretário iniciou a sua apresentação exibindo dados numéricos relevantes e resumo das ações realizadas pelo governo do Estado, baseadas no PPA - Plano Plurianual.
Solla fez um comparativo entre a situação da saúde no Estado da Bahia, em 2007, início da atual gestão, e os avanços ocorridos nos últimos anos. Segundo o secretário, uma dívida de mais de R$ 217 milhões, carência de leitos, derivados problemas de gestão, entre outros, eram as problemáticas que configuravam o cenário do setor no Estado. Atualmente, pode ser observada uma evolução gradativa da aplicação dos recursos do tesouro do Estado e, também, de recursos federais. "Em 2010, mais de R$ 1,5 bilhão foi aplicado na saúde. Somos o Estado que proporcionalmente mais investe na área", assegura.
Em pouco mais de 50 minutos, o secretário apresentou à platéia, composta por deputados, representantes de órgãos municipais e estaduais e sociedade civil, um extenso relatório com diversas realizações do governo, tais como, a criação de 1.218 novos leitos apenas em hospitais estaduais, o investimento de R$ 73 milhões no desenvolvimento de ações de vigilância e proteção à saúde, mais de 12 mil profissionais formados em cursos descentralizados proporcionados pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, entre outras. Relatórios como esse, que já foi apreciado pelo Conselho Estadual de Saúde, são disponibilizados a cada três meses pela gestão. Essa iniciativa foi elogiada por Arimatéia, que a considera como uma ferramenta positiva de transparência e controle. MUNICÍPIOS Deputados como Eures Ribeiro (PV) e Kelly Magalhães (PCdoB) aproveitaram a oportunidade para, além de parabenizar o secretário pelas ações desenvolvidas em suas regiões, solicitar uma forte postura do Estado na fiscalização do uso dos recursos destinados por esse aos municípios para ser aplicado na saúde. "Os gestores municipais que não cumprem corretamente suas missões devem ser punidos de alguma maneira", afirmou o deputado Pastor Sargento Isidório (PSB), comungando com o ponto de vista de seus pares.
Para Solla, o Estado vem fiscalizando, através do departamento de auditoria e das 23 ouvidorias que estão em funcionamento, sendo referência nacional, destacada pelo Ministério da Saúde. Entretanto, o secretário acredita que é preciso aproximar cada vez mais os municípios. "A descentralização é uma das grandes fortalezas do SUS. É um potencial, mas traz riscos, ao passo que necessita de uma ação muito bem integrada, onde a gestão municipal tem que corresponder", admitiu.
Em resposta à solicitação do deputado Carlos Geilson (PTN), que pediu a construção de mais um hospital em Feira de Santana, Jorge Solla informou que a instalação das UPAs (unidades de pronto atendimento), sendo três só em Feira, auxiliará no atendimento das demandas dos hospitais presentes nos municípios. E reforçou que o governo busca fazer ações em todas as regiões do Estado, com o objetivo de alcançar o maior número possível de baianos. |
