Durante encontro da bancada governista da Câmara de Vereadores de Salvador, em almoço no Centro de Cultura, hoje, 28, o secretário da Casa Civil, João Leão, afirmou que aqueles que votassem contra o Projeto de Lei que reduz para 2% o ISS às empresas de pesquisas que se instalarem no Parque Tecnológico (Tecnovia) seriam considerados "oposição ao prefeito JH" e todos os cargos imediatamente exonerados, assim como a perda de obras nos bairros.

  Alguns vereadores dos 28 presentes, todos convocados que foram pelo líder Téo Senna, se sentiram humilhados com a forma considerada desrespeitosa do secretário e se rebelaram. O vereador Jorge Jambeiro (PSDB), disse que não aceitava os termos usados por Leão e que votaria com sua consciência, entregando os prováveis cargos que tem na Prefeitura, "os quais não me fazem falta alguma".

  Os vereadores Sandoval Guimarães, Odiosvaldo Vigas e Adriano Meireles foram na mesma linha entendendo que o tempo "do chicote" já passou. Adirano Meireles ficou tão exaltado que sua pressão subiu às alturas, sentiu-se mal e teve que ser atendido pelo SAMU. O clima foi de baixo astral tanto que, o encontro foi suspenso, sequer concluindo direito o almoço, e a sessão ordinária da Câmara idem-idem.

  A votação do Projeto da Tecnovia que estava acordada para ser apreciada e votada na próxima quarta-feira, 30, dificilmente terá bom êxito. Em conversa com um dos participantes do encontro, em off, este disse ao BJÁ que "agora vai ser difícl aprovar a matéria". Além disso, entendeu que o secretário Leão foi deselegante e até arrogante ao tratar os vereadores da forma que tratou. 

  E citou curto e grosso: "O tempo do chicote já passou".