Com a maior bancada na Assembleia Legislativa, 14 deputados, o Partidos dos Trabalhadores vê com naturalidade concorrer à presidência da Casa. O líder do PT, deputado Paulo Rangel, declara que o partido tem legitimidade para concorrer a vaga de presidente, mas ressalta que o nome ainda não foi definido. A eleição deve acontecer no dia 1º de fevereiro.
Diante dessa atitude do líder do PT vê-se, pois, que um possível terceiro mandato para o deputado Marcelo Nilo (PDT) passará por novas e amplas negociações. Evidente que as chances maiores ainda são de Marcelo. Já está na presidência desde 2007 e transita bem em segmentos que vão do "bloquinho" (deputados de outros partidos PRP/PSL, etc) ao PDT/PP/PSC.
A questão vai se resumir, de fato, ao PT que o apoiou incondicionalmente nas suas eleições anteriores e agora deseja ter seu próprio candidato. Rangel diz que o partido ainda não tem nome. Mas, diante do quadro atual da Casa, o nome é o próprio Paulo Rangel, que é o líder do partido. Uma outra opção, por sua experiência e ser presidente da CCG seria o deputado Zé Neto.
Também por mais que se diga que uma eleição dessa natureza o governador não opina ou interfere, como queiram, é claro que a eleição do presidente da ALBA passa por Ondina. Ainda mais numa situação dessa natureza. Se o governador concordar com a tese do PT, Marcelo perde. Se o governador apoiar Marcelo, o PT será contemplado de outra forma.
De toda sorte, a nota de Paulo Rangel liberada à imprensa nesta manhã de quarta-feira, 6, é um fato novo na sucessão da ALBA, diferente da pretensão de Ronaldo Carlleto, legitima, mas, sem sustenção política.