O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PDT), disse nesta quarta-feira, 6, ao BJÁ que só vai tratar da sucessão da Mesa Diretora da Casa incluindo sua candidatura à reeleição, após o segundo turno das eleições presidenciais. "Meu foco agora é eleger Dilma Rousseff presidente e vou trabalhar para isso, com toda as minhas forças políticas", frisou.

   Marcelo vê com traquilidade o lançamento feito pelo líder do PT, deputado Paulo Rangel, de um nome deste partido para disputar a presidência, mas, não quis comentar o assunto.Marcelo esteve na tarde desta quarta-feira no plenário da ALBA cumprimentando alguns deputados que compareceram à sessão. 

   Nesta quinta-feira, 7, por convocação de Paulo Rangel, haverá uma reunião na sala da liderança do PT, às 10h, para tratar do tema sucessão na Assembleia, envolvendo não só a presidência, mas, também, os outros cargos que ficaram vagos com as eleições de Fernando Torres e Edson Pimenta, para deputados federais, e as derrotas de Antonia Pedroza e Jr Magalhães, deputados que compõem a Mesa Diretora e não retornarão à ALBA.

  Para o líder do governo na ALBA, deputado Waldenor Pereira (eleito deputado federal) a pretensão do PT é legitima, mas prefere aguardar o encontro da quinta-feira para fazer uma melhor avaliação sobre a possibilidade de um deputado do PT candidatar-se à presidência. "Fui convocado pelo líder do PT para uma reunião e espero discutir esse assunto e também a eleição de Dilma Rousseff que é muito importante para nosso projeto político", destacou.

  OUTROS PÁREOS

  O deputado Álvaro Gomes (PCdoB), também presente na ALBA nesta quarta-feira, disse que não fugirá do debate numa eventual candidatura à presidência da ALBA. "Não estou pretendendo, porém, se for lançado pelos companheiros estarei pronto para debater o assunto".

  Já o deputado Elmar Nascimento (PR) que enfrentou Marcelo Nilo na eleição passada, em 2009, disse que, dependendo da conjuntura poderá lançar seu nome. O que considera pouco provável. Agora, como anti-candidato, nem pensar. "Não há porque ser candidato de protesto. Não tem sentido", afiançou.

  Ainda em plenário, um deputado presente confidenciou a dois jornalistas que a nota de Paulo Rangel distribuida hoje à imprensa lançando nome do PT à Presidência foi tão extemporânea, e sem consultar suas próprias bases, que dos 14 deputados eleitos pelo PT, 8 deles já procuraram Marcelo Nilo para lhe dar apoio à reeleição. Ou seja, uma provável candidatura do PT é nati-morta.