Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã desta terça (5) no Palácio da Alvorada, governadores e parlamentares eleitos da base aliada disseram nesta terça-feira (5) que vão às ruas fazer campanha para eleger a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. A petista disputará o segundo turno contra José Serra (PSDB).
Participaram da reunião com Lula, governadores de dez estados, além de parlamentares eleitos e ministros do governo, entre os quais o de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e de Planejamento, Paulo Bernardo.
A reunião teve por objetivo mobilizar a base aliada para eleger Dilma. Segundo Padilha, o presidente pediu que os governadores eleitos não "desmontassem as campanhas nos estados". "É para manter a estrutura para fazer campanha em prol da nossa candidata", afirmou.
Em nome dos 10 governadores presentes ao encontro com Lula, Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco, disse que os candidatos eleitos que apoiam o governo vão se dedicar a atividades políticas nos estados para promover Dilma.
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"Nós vamos participar das atividades, vamos colocar a campanha na rua, vamos andar, vamos colocar a nossa militância, nossos candidatos que ganharam, que perderam, para fazer atividade política, para levar o debate político, mostrar os dois projetos em discussão", afirmou.
Campos disse que há amplo potencial de crescimento da petista nos estados. "A avaliação feita pelos governadores eleitos e senadores é de que nos estados tem um potencial de crescimento. Já tem pesquisas mostrando crescimento. Dilma vai ter mais votos nos estados."
De acordo com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a campanha de Dilma estuda formas de aproximação com Marina Silva, que se candidatou à Presidência pelo PV e obteve quase 20% dos votos no primeiro turno.
"O governador fez uma "mea culpa" em nome da base aliada pelo fato de a candidata petista não ter obtido vitória no primeiro turno, possibilidade apontada por pesquisas de intenção de voto realizadas antes da eleição de domingo (3). No entanto, ele acusou a oposição de promover uma campanha "fascista" contra Dilma, o que também prejudicou, segundo ele, uma eventual eleição imediata da petista.
"Todas as vezes que a gente estuda e vai fazer uma prova a gente quer tirar dez. Quando a gente tira nove, a gente estuda para na próxima vez tirar dez. O que há de fundamental nisso é que eu acho que muitos eleitores começaram a conhecer a ministra Dilma a partir do início da campanha. Nos últimos dez dias, podem ter acontecido erros nossos também. Temos que ter humildade de, quando errar, reconhecer. Nós fomos vítimas de uma campanha que lembra o século 19, de calúnias. Isso tudo fez com que o eleitorado que já estava nos apoiando desse um passo atrás", disse.