Neste final de ano é possível que o líder do governo, deputado Waldenor Pereira (PT), ainda reúna sua bancada para aprovar projetos pendentes. Isso, claro, depende do interesse do Executivo. Os projetos do Judiciário - a reforma cartorial à frente - dificilmente saem neste ano. E, os do Legislativo, emanados dos deputados, esqueçam.
As urnas indicam que o governo terá maioria folgada na próxima legislatura porque a base governista autêntica conta com 33 deputados. Como as adesões são naturais em qualquer legislatura é provável que a base atinja 40 deputados com facilidade.
Algumas mudanças estão à vista. O líder do governo, Waldenor Pereira, PT, elegeu-se deputado federal; e o líder da oposição, Heraldo Rocha, DEM, perdeu a reeleição. Ambos darão lugares aos novos. Como novatos normalmente não ocupam essas funções é provável que o governo coloque Zé Neto no lugar de Waldenor e mantenha Paulo Rangel como líder do PT. Pode ser vice-versa.
No DEM é provável que Paulo Azi assuma a função de líder. No PMDB, deve continuar Leur Lomanto Jr, agora, mais experiente. No PR também haverá substituições porque Pedro Alcântara não se reelegeu. Pode dar Elmar que é o mais experiente desse partido.
O presidente Marcelo Nilo, ao que tudo indica, vai candidatar-se a mais um mandato (já está completando 4 anos no cargo) como presidente da Casa. O Regimento permite e sua reeleição é garantida.
Dois críticos vorazes ao governo Wagner perderam o mandato. O líder Heraldo Rocha, apontado pela imprensa como um dos melhores parlamentares da Casa, pegava diariamente no pé do secretário da Saúde, Jorge Solla; e Carlos Gaban atuava como crítico da área fazendária. O governo também se livra dos altos e baixos humores do capitão Tadeu (PSB), defensor dos interesses dos policiais militares. E de esporádicos, porem firmes ataques de Arthur Maia, eleito deputado federal.
Entre os antigos e mais críticos ainda estão no plenário Paulo Azi (DEM), João Carlos Bacelar (PTN), Elmar Nascimento (PR), Sandro Régis (PR), Rogério Andrade (DEM) e Leur Lomanto (PMDB). E chegam, com bagagem de experiências Targino Machado (PSC) e Temóteo Brito (PMDB).
Na base governista, como tropa de choque estão Álvaro Gomes (PCdoB), Paulo Rangel (PT), Zé Neto (PT), Euclides Fernandes (PDT) e Yulo Oiticica (PT). Prometem Rosemberg Pinto (PT) e Marcelino Galo PT), pois, embora novos, ambos experientes e do PT.
A atuação dos demais temos que aguardar para ver que bicho vai dar. Entre as mulheres chegam Graça Pimenta (Feira/PR); Ivana Bastos (Guanambi/PMDB); Luiza Maia (Camaçri/PT); Kelly Magalhães (Barreiras/PCdoB) e Claudia Oliveira (Eunápolis/PTdoB). É aguardar.
Ao que tudo indica o governo vai ter ampla maioria na próxima legislatura. Levando-se em considração que Wagner está em segundo mandato, se Dilma for eleita presidente, a situação melhora ainda mais. Se der Serra, complica-se o cenário.