O candidato Marcelo Déda (PT) foi reeleito para o governo de Sergipe, com 52,05% dos votos válidos. Com 99% dos votos apurados, o que dá virtualmente a vitória ao petista, o rival democrata João Alves teve 45,21% dos votos. Os demais candidatos tiveram menos de 1% dos votos válidos.

Foram contabilizados 4,36% de votos em branco e 8,58% votos nulos. A taxa de abstenção foi de 16,89%. O Estado de Sergipe tem um colégio eleitoral de 1,425 milhão de eleitores, que escolheram entre sete candidatos ao governo estadual.

07.nov.2007/Folha Imagem

Marcelo Déda (PT) foi reeleito para o governo de Sergipe

Déda, 50, liderou as pesquisas desde o começo da campanha, mas nem por isso teve uma trajetória tranquila até a vitória nas urnas. Durante o processo eleitoral, teve de enfrentar um pedido de cassação de mandato, que só foi julgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no final de setembro.

O tribunal negou, por unanimidade, recurso que pedia a cassação de Déda por suposto crime de propaganda irregular, abuso de poder econômico e abuso de autoridade nas eleições de 2006. O pedido tinha sido feito pelo PAN (Partido dos Aposentados da Nação), que acusou Déda de se aproveitar do fato de ser prefeito de Aracaju, em 2006, para promover sua candidatura ao governo do Estado, por meio de divulgação de obras realizadas na cidade e de lançamento de obras realizadas pela prefeitura.

Na sexta-feira, o quadro eleitoral sofreu uma leve alteração com a retirada da candidatura da professora Avilete Cruz ao governo estadual. A decisão foi tomada por unanimidade pelo diretório estadual do PSOL, após a candidata afirmar, em debate na última terça-feira, que a presidenciável do PT, Dilma Rousseff, era "terrorista, assaltante e assassina".

ATENTADO

Um mês antes, em agosto, a política sergipana foi sacudida pelo atentado contra o presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) local, desembargador Luiz Antônio Araújo Mendonça, 60. O carro em que ele estava foi atingido por mais de 30 tiros de escopeta calibre 12 e de pistola 380, disparados por quatro homens vestidos de preto e encapuzados.

O magistrado foi atingido por estilhaços de projéteis na cabeça, mas sem ferimentos graves (ele recebeu alta no mesmo dia). Representantes do Judiciário estadual, familiares e amigos afastaram, na época, a hipótese de crime político.