O candidato ao governo da Bahia, ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima (PMDB), 51, mostrou-se confiante num segundo turno, mas não quis especular com qual dos adversários seria o embate. "Isso só as urnas vão dizer. Vamos deixar o povo se expressar", disse o peemedebista, que vai acompanhar a apuração em casa.

Apesar do otimismo de Geddel, as pesquisas de intenção de voto Datafolha, Ibope e Vox Populi mostram que o candidato à reeleição, Jaques Wagner (PT), vencerá no primeiro turno. "Se pesquisa ganhasse eleição, o governador eleito em 2006 não tinha sido o atual e, sim, Paulo Souto [DEM]", afirmou.

Ao ser indagado sobre quais serão seus projetos, caso perca a eleição, Geddel foi ríspido. "Eu não compartilho da sua especulação pessimista. O pessimismo não alimenta a alma."

O ex-ministro votou no Colégio Antônio Vieira, em Salvador. Estava acompanhado da mulher, Alessandra, e dos três filhos, Mariana, 11, Juliana, 7, e Geddel Filho, 1.

Geddel afastou qualquer possibilidade de recomposição entre PT e PMDB. "Quem ganha governa. Quem perde faz oposição."

DILMA

Sobre a expectativa de vitória da candidata à Presidência, Dilma Rousseff (PT), no primeiro turno, Geddel disse: "Normal. A expectativa é de quem fez a campanha e deseja a vitória".

Há duas semanas, Dilma esteve em Salvador e declarou seu apoio ao governador Jaques Wagner, já que, segundo ela, Geddel estava mal nas pesquisas.

Embora não tivesse polemizado sobre o episódio, dias após as declarações da petista, a imagem de Dilma foi retirada da propaganda eleitoral do peemedebista, que justificou. "Já estava previsto. Era uma questão estratégica a retirada", disse.