O governador e candidato à reeleição, Jaques Wagner afirmou neste sábado (2), que pretende, após as eleições, reunir um grupo de governadores eleitos, que sejam aliados ao projeto político de Dilma Rousseff, para contribuir na governabilidade. "Acho que ela vai ter um conforto muito grande para governar e enfrentará menos problemas do que Lula, mas acredito que, ainda assim, os governadores podem ter uma postura pró-ativa nesse processo da governabilidade", afirmou.
Wagner disse ainda que, normalmente, os governadores vão ao governo federal para fazer pedidos e, com essa idéia, eles podem ser mais participativos. A proposta, segundo ele, é uma iniciativa pessoal e, passadas às eleições, será melhor desenhada.
Wagner participou da última carreata da campanha em Candeias, única cidade da Região Metropolitana de Salvador que ainda não havia sido visitada pela coligação "Pra Bahia Seguir em Frente". No total, em 75 dias, foram 133 cidades visitadas. "Acho que essa foi uma campanha muito boa.
Há um reconhecimento da população da nossa gestão e da forma de fazer política", disse. Wagner citou ainda como exemplo da maneira de gerir a política a chegada de novos aliados. "Eu sou um democrata por convicção. Não acredito em absolutismo e quem quiser comungar do nosso projeto não tem problema", afirmou.
O governador disse ainda que, apesar de todas as pesquisas o apontarem na frente da disputa desde novembro passado, ele não diminuiu o ritmo de trabalho. "A diferença é que em 2006 eu apresentei meu plano de trabalho e agora eu mostro os resultados", completou. Ele rechaçou a informação de que houve na campanha um clima de ‘já ganhou".
"Nunca me deprimi muito, ou fiquei eufórico com números de pesquisas. Sempre trabalhei, junto com a militância, para ganhar votos", continuou. Ao fazer um comparativo da sua campanha atual com a de 2006, em que estava atrás em todas as pesquisas e ganhou à eleição, o governador disse que naquela época o quadro era outro: "Havia um desgaste político grande do outro grupo. Eles também pararam de trabalhar muito antes e nós não fizemos isso", afirmou.