Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que concedeu, até a noite desta sexta-feira (1º), reforço na segurança pública para garantir a normalidade do processo eleitoral em 252 municípios, de 12 estados brasileiros. Os tribunais regionais eleitorais tiveram até este sábado (2), véspera das eleições, para solicitar o reforço na segurança. De acordo com a assessoria do TSE, novas concessões de reforço poderão ser feitas até domingo pelo presidente da corte, Ricardo Lewandowski, em casos de emergência. saiba mais

De acordo com os dados do tribunal, o Pará foi o estado que mais solicitou atuação de força federal para garantir a normalidade do processo eleitoral, com pedido para 106 municípios. O TRE-PA informou que o principal motivo para os pedidos de segurança é evitar violência causada por disputas políticas entre famílias no interior do estado.

O segundo da lista é o estado do Piauí, com pedido de reforço na segurança para 53 municípios. Segundo o TRE-PI, os pedidos foram feitos pelos juízes de cada localidade, que observaram problemas de segurança nos municípios.

O mato Grosso do Sul é o único estado que não faz parte das regiões norte ou nordeste que solicitou o auxílio das tropas federais. O pedido foi para a cidade de Dourados, que sofreu com um escândalo político recentemente.

No Amazonas, 20 cidades receberão auxilio na segurança, inclusive a capital, Manaus. Já em Rondônia, a ajuda foi solicitada para 10 municípios. Nos dois estados há registros ou risco de violência nas cidades para as quais foi pedido reforço de segurança.

Tocantins contará com auxílio na segurança em 15 cidades. O Tribunal Regional Eleitoral do estado solicitou apoio de 600 homens do Exército, que atuarão em aldeias indígenas e nas sete maiores cidades. Segundo o tribunal, as maiores preocupações no domingo são garantir a normalidade em aldeias e evitar confrontos entre partidários dos dois candidatos ao governo.

No Amapá, a cidade de Oiapoque, que faz fronteira com a Guiana Francesa, terá reforço em quatro aldeias indígenas. O TRE-AP alegou que o contingente de policiais militares é "insuficiente para garantir a ordem, o livre exercício do voto e a apuração dos resultados".

As requisições aceitas pelo TSE são encaminhadas ao Ministério da Defesa, que pede às Forças Armadas que identifique a unidade militar mais próxima da localidade. O comandante da unidade deve procurar a Justiça Eleitoral para conhecer as necessidades no dia do pleito.

O Ministério da Defesa informou, por nota, que só terá o balanço dos efetivos a serem utilizados nas eleições na manhã do domingo. "O quadro ainda está evoluindo, e muitos pedidos ainda estão sendo processados e planejados junto aos juízes eleitorais", explicou o ministério.

Nesta sexta (1º), o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, anunciou que 7 mil policiais federais e 711 homens da Força Nacional foram deslocados para garantir a segurança nas eleições de domingo.