Política

HILTON COELHO DIZ QUE ESTADO É OMISSO EM APURAR VIOLÊNCIA NO CAMPO

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| 01/10/2010 às 15:51
O candidato a deputado estadual pelo PSOL, Hilton Coelho, avalia como insignificante a ação do governo estadual na questão da reforma agrária e de combate à violência no campo. "No dia 22 de setembro de 1977 o advogado dos trabalhadores rurais Eugênio Lyra, com apenas 30 anos, foi assassinado a mando dos grileiros em Santa Maria da Vitória, no oeste da Bahia.
 
Hoje, 33 anos depois, a situação continua a mesma e o governo estadual pouco ou nada faz para contribuir com a luta pela reforma agrária e a tensão é grande no campo", avalia o socialista.

"Sempre recebemos informações de que lideranças populares são perseguidas, advogados de trabalhadores rurais ameaçados, religiosos progressistas caluniados e coisas lamentáveis desse tipo. Constatamos também que em alguns casos o Poder Judiciário não tem atuado com a devida correção e trata os que lutam pelo direito de produzir na terra como culpados e seus direitos como ilegítimos até que se prove o contrário. Foi assim, segundo a Associação dos Advogados de Trabalhadores Rurais no Estado da Bahia (AATR), que recentemente ações foram tomadas contra o povo no município de Casa Nova, norte do Estado, e outra em Santa Maria da Vitória", afirma Hilton Coelho.
 
O governo estadual também é omisso e permite que órgãos de segurança pública, como as polícias civil e militar, realizem prisões ilegais, tolerem ou promovam irregularidades em processos e ameaças a trabalhadores e a advogados, avalia Hilton Coelho que também denuncia a omissão da Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri).
 
"A Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA), órgão da Seagri, deveria promover e apoiar o desenvolvimento agrário sustentável do estado da Bahia, por meio de ações de regularização fundiária e reforma agrária. Nada foi feito nesse sentido e a prova é que o governo estadual, que tanto gosta de aparecer com peças publicitárias para divulgar até mesmo o que não fez, preferiu não falar nada sobre a questão de reforma agrária", ironiza Hilton Coelho.
 
"O Nordeste concentrou 54% dos conflitos por terra ocorridos no Brasil, no primeiro semestre de 2010. Infelizmente a Bahia faz parte desta triste realidade. O governo do PT só fala em reforma agrária no palanque eleitoral e datas festivas. A reforma agrária não se realizou e nem mesmo entrou na pauta governamental. Trabalho escravo e grande concentração de trabalhadores rurais sem terra ainda são uma realidade. Se eleito, nosso mandato se colocará de forma firme e incisiva para fazer repercutir na Assembléia Legislativa a luta pela reforma agrária radical sob o controle dos trabalhadores", finaliza Hilton Coelho. Carlos Alberto Carlão de Oliveira - MTb 1317 Assessoria de Imprensa 1º de outubro de 2010 *